terça-feira, 26 de junho de 2018

NO RODA VIVA MANUELA DESMASCARA COORDENADOR DE CAMPANHA DE BOLNOSSAURO


Frederico D'Ávila, um dos entrevistadores do Roda Viva, provocou a pré-candidata à 
presidência pelo PCdoB dizendo que o "fascismo é de esquerda". Manuela D'Ávila não deixou 
barato: "Tu entendes de regimes antidemocráticos sendo coordenador do Bolsonaro"

A deputada estadual e pré-candidata à presidência pelo PCdoB, Manuela D’Ávila, foi a entrevistada 
do tradicional programa “Roda Viva”, da TV Cultura, na noite desta segunda-feira (25).
O primeiro bloco do programa foi marcado por provocações dos entrevistadores, que tentaram 
associar o fato de a pré-candidata ser do PCdoB a regimes totalitários equivocadamente chamados de 
“esquerda” ao redor do mundo.
 Um dos entrevistadores que fez a provocação foi Frederico D’Ávila, diretor da Sociedade Rural 
Brasileira. Em sua pergunta, ele afirmou que o fascismo é “de esquerda”, já que a CLT foi baseada 
em uma lei de Benito Mussolini e que ela, assim como os demais candidatos de esquerda, defendem 
a legislação em detrimento da reforma trabalhista. A pré-candidata, respondendo à provocação, 
desmascarou Frederico, que é coordenador programa de agronegócio do PSL, partido de Bolsonaro.
“Tu entendes de regimes antidemocráticos sendo coordenador do Bolsonaro. Ele defende um país 
sem democracia, de torturadores (…) Todo mundo sabe que o fascismo foi um movimento de 
direita”, rebateu. O coordenador de campanha de Bolsonaro, por várias vezes, tentou interromper 
Manuela, que seguiu firme em sua resposta.
Em outro momento, quando tentaram provocá-la falando sobre um suposto apoio à Venezuela ou à 
Coreia do Norte, Manuela disparou: “Não acho justo com o Brasil com tantos problemas a gente 
usando o tempo para debater outros países”.
“Todos aqui sabemos que Lula está preso porque é o primeiro 
nas pesquisas”

A indigência jornalística do Roda Viva ao pôr como 
‘entrevistador’ de Manuela D’Ávila um assessor de Bolsonaro


Pobres de nós.
Mais uma vez, o programa ocupa as redes sociais, mais uma vez por seus defeitos e não por suas 
virtudes.
Um dos entrevistadores era Frederico D’Ávila (sem parentesco com a candidata do PCdoB), diretor 
da Sociedade Rural Brasileira, assessor de Jair Bolsonaro nessa área.
Vídeos com os “pontos altos” do show do produtor de grãos estão circulando.
Não há argumento razoável que justifique a presença de um assessor de um candidato concorrente 
numa bancada de “entrevistadores”.
Manuela, se sabia disso, deveria ter recusado a participação e denunciado esse absurdo.
Frederico é irmão de Luiz Felipe D’Ávila, que tenta ser candidato a governador pelo PSDB há 
séculos sem sair do chão. Abandonou Geraldo Alckmin.
Quis uma cadeira no Senado, depois na Câmara Federal.
Em abril, disse à Folha que Bolsonaro “quer colocar militares nos ministérios por competência”.
Frederico será ministro “se ele me convidar”. Para ele, Bolsonaro “é um cara risonho, brincalhão, 
afetuoso”.
“O pavio dele está muito mais longo do que antigamente”, afirma. (Essa questão é de foro íntimo e 
Frederico, se tiver algum problema, pode buscar o apoio dos movimentos LGBT).
Provavelmente, Manuela foi avisada de que o cidadão estava lá e preferiu não declinar da 
oportunidade de falar na TV aberta.
Frederico é uma decretação de falência dos princípios da TV Cultura.
Como ninguém mais leva a sério as leis no Brasil, e o STF dá o exemplo maior dessa iniquidade, 
passa por mais um fato da vida.
Num questionamento confuso e agressivo, Fred foi para cima de Manuela com a velha ladainha 
terraplanista de que o fascismo é “de esquerda”, a CLT foi baseada em uma lei de Benito Mussolini 
etc etc etc.
“Tu entendes de regimes antidemocráticos sendo coordenador do Bolsonaro. Ele defende um país 
sem democracia, de torturadores”, ela respondeu.
“Todo mundo sabe que o fascismo foi um movimento de direita”.
Eis para onde foi empurrado o nível do debate.
Uma atração de uma emissora supostamente educativa tornou-se um lixo em que representantes da 
esquerda são cercados por adversários políticos com conversas de maluco.
Marcia Tiburi já ensinou como se trata com fascistas no episódio Kim Kataguiri: não tem diálogo, 
não tem gramática comum.
Não adianta, agora, colocar oclinhos em montagens da resposta de Manuela D’Ávila a um papo de 
débil mental.
Ela acabou dando aval a um monumento dedicado à burrice, à desonestidade e à antidemocracia.

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