Frederico D'Ávila, um dos entrevistadores do Roda Viva, provocou a pré-candidata à
presidência pelo PCdoB dizendo que o "fascismo é de esquerda". Manuela D'Ávila não deixou
barato: "Tu entendes de regimes antidemocráticos sendo coordenador do Bolsonaro"
A deputada estadual e pré-candidata à presidência pelo PCdoB, Manuela D’Ávila, foi a entrevistada
do tradicional programa “Roda Viva”, da TV Cultura, na noite desta segunda-feira (25).
O primeiro bloco do programa foi marcado por provocações dos entrevistadores, que tentaram
associar o fato de a pré-candidata ser do PCdoB a regimes totalitários equivocadamente chamados de
“esquerda” ao redor do mundo.
Um dos entrevistadores que fez a provocação foi Frederico D’Ávila, diretor da Sociedade Rural
Brasileira. Em sua pergunta, ele afirmou que o fascismo é “de esquerda”, já que a CLT foi baseada
em uma lei de Benito Mussolini e que ela, assim como os demais candidatos de esquerda, defendem
a legislação em detrimento da reforma trabalhista. A pré-candidata, respondendo à provocação,
desmascarou Frederico, que é coordenador programa de agronegócio do PSL, partido de Bolsonaro.
“Tu entendes de regimes antidemocráticos sendo coordenador do Bolsonaro. Ele defende um país
sem democracia, de torturadores (…) Todo mundo sabe que o fascismo foi um movimento de
direita”, rebateu. O coordenador de campanha de Bolsonaro, por várias vezes, tentou interromper
Manuela, que seguiu firme em sua resposta.
Em outro momento, quando tentaram provocá-la falando sobre um suposto apoio à Venezuela ou à
Coreia do Norte, Manuela disparou: “Não acho justo com o Brasil com tantos problemas a gente
usando o tempo para debater outros países”.
“Todos aqui sabemos que Lula está preso porque é o primeiro
nas pesquisas”
A indigência jornalística do Roda Viva ao pôr como ‘entrevistador’ de Manuela D’Ávila um
assessor de Bolsonaro. Por Kiko Nogueira
Frederico D’Ávila no Roda Viva: assessor de Bolsonaro na área rural
De férias (físicas) do Brasil, sou cobrado por um amigo para falar do Roda Viva com Manuela
D’Ávila.
Pobres de nós.
Pobres de nós.
Mais uma vez, o programa ocupa as redes sociais, mais uma vez por seus defeitos e não por suas
virtudes.
Um dos entrevistadores era Frederico D’Ávila (sem parentesco com a candidata do PCdoB), diretor
da Sociedade Rural Brasileira, assessor de Jair Bolsonaro nessa área.
Vídeos com os “pontos altos” do show do produtor de grãos estão circulando.
Vídeos com os “pontos altos” do show do produtor de grãos estão circulando.
Não há argumento razoável que justifique a presença de um assessor de um candidato concorrente
numa bancada de “entrevistadores”.
Manuela, se sabia disso, deveria ter recusado a participação e denunciado esse absurdo.
Frederico é irmão de Luiz Felipe D’Ávila, que tenta ser candidato a governador pelo PSDB há
séculos sem sair do chão. Abandonou Geraldo Alckmin.
Quis uma cadeira no Senado, depois na Câmara Federal.
Em abril, disse à Folha que Bolsonaro “quer colocar militares nos ministérios por competência”.
Frederico será ministro “se ele me convidar”. Para ele, Bolsonaro “é um cara risonho, brincalhão,
afetuoso”.
“O pavio dele está muito mais longo do que antigamente”, afirma. (Essa questão é de foro íntimo e
Frederico, se tiver algum problema, pode buscar o apoio dos movimentos LGBT).
Provavelmente, Manuela foi avisada de que o cidadão estava lá e preferiu não declinar da
Provavelmente, Manuela foi avisada de que o cidadão estava lá e preferiu não declinar da
oportunidade de falar na TV aberta.
Frederico é uma decretação de falência dos princípios da TV Cultura.
Como ninguém mais leva a sério as leis no Brasil, e o STF dá o exemplo maior dessa iniquidade,
passa por mais um fato da vida.
Num questionamento confuso e agressivo, Fred foi para cima de Manuela com a velha ladainha
terraplanista de que o fascismo é “de esquerda”, a CLT foi baseada em uma lei de Benito Mussolini
etc etc etc.
“Tu entendes de regimes antidemocráticos sendo coordenador do Bolsonaro. Ele defende um país
sem democracia, de torturadores”, ela respondeu.
“Todo mundo sabe que o fascismo foi um movimento de direita”.
“Todo mundo sabe que o fascismo foi um movimento de direita”.
Eis para onde foi empurrado o nível do debate.
Uma atração de uma emissora supostamente educativa tornou-se um lixo em que representantes da
esquerda são cercados por adversários políticos com conversas de maluco.
Marcia Tiburi já ensinou como se trata com fascistas no episódio Kim Kataguiri: não tem diálogo,
não tem gramática comum.
Não adianta, agora, colocar oculinhos em montagens da resposta de Manuela D’Ávila a um papo de
débil mental.
Ela acabou dando aval a um monumento dedicado à burrice, à desonestidade e à antidemocracia.
A indigência jornalística do Roda Viva ao pôr como
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