quarta-feira, 20 de junho de 2018

NARCISO BARROSO, PORTA-VOZ DE MORO E DA GLOBO NO SUPREMO, PRESSIONA STF CONTRA LULA LIVRE


O Globo e Valor Econômico, jornais da Quadrilha Marinho, abriram duas páginas para o 
ministro Luís Roberto Barroso, o Narciso do STF, com o objetivo de salvar Sérgio Moro da 
vala de descrédito em que ele e a Lava Jato se enfiaram e pressionar o Supremo para que não 
liberte Lula no próximo dia 26; é uma situação curiosa na qual ministro da suprema corte 
torna-se porta-voz de um juiz de primeira instância sob patrocínio do grande oligopólio de 
comunicação do país.

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247 - Os jornais O Globo e Valor Econômico da família Marinho abriram duas páginas hoje (20)
para o ministro Luís Roberto Barroso, do STF, com o objetivo de salvar Sérgio Moro da vala de
descrédito em que ele e a Operação Lava Jato se enfiaram e pressionar o Supremo para evitar que a
Corte decida-se por libertar Lula no próximo dia 26. É uma situação curiosa na qual ministro da
suprema corte torna-se porta-voz de um juiz de primeira instância sob patrocínio do grande
oligopólio de comunicação do país.
As frases de Barroso destacadas pelos jornais dos Marinho são exemplares: "Sobre a atuação do juiz
Sergio Moro, acho que ele é um juiz competente, técnico, sério e que serviu muito bem ao país. Já
estive em mais de um evento com ele e não acho que seja uma pessoa deslumbrada. Pelo contrário,
acho que é uma pessoa séria e discreta. Todos nós estamos sujeitos a erros, não estou dizendo que ele
acerte sempre, porque ninguém acerta sempre. Mas acho que ele, sobretudo fora do Brasil, passou a
desempenhar um pouco o papel simbólico do enfrentamento da corrupção em um Estado em que ela
havia se tornado sistêmica. Acho que esse símbolo é relevante".
O texto publicado em O Globo e reproduzido no Valor Econômico é todo escrito de maneira
editorializada e busca caracterizar a Operação Lava Jato aos moldes de um conto de fadas, onde
Moro faz o papel de herói na luta contra os "maus", o PT. Diz a reportagem: "Principalmente depois
de ter condenado o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Moro tornou-se alvo de dirigentes
do PT e militantes do partido".
As duas páginas dedicadas a Barroso têm, no fim das contas, o objetivo de pressionar a Segunda
Turma do STF (da qual Barroso não faz parte) para que não tome uma decisão pela liberdade de Lula
no julgamento marcado para a próxima terça (26). Presidido por Ricardo Lewandowski, o colegiado
é composto também por Edson Fachin (relator da Lava Jato no STF), Dias Toffoli, Gilmar Mendes e
Celso de Mello. Barroso, na reportagem, faz uma dança cínica com os repórteres. Primeiro diz que
"não vou opinar sobre o mérito do julgamento de colegas na próxima semana e, a seguir, entra no
mérito (!). Leia:
"Barroso evitou comentar o caso da condenação de Lula, mas reforçou que a sentença foi confirmada
por três desembargadores do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), que analisaram o
recurso apresentado pela defesa do ex-presidente. 'No caso específico do presidente Lula, não vou
opinar sobre o mérito, porque não li e não opino sobre o mérito de decisões que não passaram sob a
minha jurisdição. Apenas lembraria que ela [decisão] foi revista em tribunal por três juízes
igualmente sérios e competentes. Não estou dizendo que ela está correta ou não está correta, até
porque erros acontecem na vida, inclusive erros no Judiciário. Mas a decisão dele [Moro] foi
confirmada pelo tribunal superior por unanimidade', destacou."
Porta-voz de Moro, Barroso não se furtou a criticar abertamente os ministros do STF, no mesmo
espírito "conto de fadas" da Globo: "A opinião positiva sobre Moro, adverte, não se estende a todos
os colegas de Corte: 'No Supremo também existe uma divisão entre os que desejam empurrar a
história, acreditando que estamos criando um novo país, uma nova ordem, e os que têm pactos
profundos com a velha ordem. Portanto, todo processo de transformação vive resistências. E essas
pessoas da velha ordem têm aliados em toda parte.'"
Os próximos dias serão de uma guerra aberta, com as Organizações Globo pressionando e
chantageando os ministros do STF para impedir que Lula seja libertado. A campanha mobiliza todos
os veículos e noticiários do grupo, a começar pelo Jornal Nacional, e deve se radicalizar depois da
derrota de Moro, dos Marinho e do Barroso nos 5 a 0 que, na noite de ontem, inocentou a presidente
do PT, Gleisi Hoffmann, depois de dois anos de campanha aberta e agressiva contra ela movida pelo
consórcio Marinho/Moro.

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