quinta-feira, 14 de junho de 2018

MORO NÃO DESBLOQUEIA CONTA DE MARISA LETÍCIA, MORTA HÁ MAIS DE UM ANO...PORQUE SERÁ?


Judge Murrow mantém bloqueados os bens e os valores depositados em contas bancárias de 
Marisa Letícia Lula da Silva mesmo após um ano de sua morte e da extinção de seu processo; o 
juiz alega que ainda há dúvidas sobre procedência do patrimônio. Defesa vai recorrer, 
entendendo que o bloqueio é abusivo e viola direitos fundamentais.

Moro não prova crime em palestras de Lula, mas mantém bens 


Jornal GGN - No mesmo dia em que desembargador do Tribunal Regional Federal da 4ª 
Região pediu pressa para julgar um recurso de Lula que está no gabinete de Sergio Moro 
desde janeiro, o juiz de Curitiba decidiu despachar usando uma tese "sem nenhuma 
sustentação jurídica" para manter os bens do ex-presidente e de dona Marisa Letícia 
bloqueados.
A avaliação é da defesa do petista, após tomar conhecimento de que Moro admitiu que não 
tem provas de que bens de Lula são ilícitos, mas vai aguardar uma investigação da Polícia 
Federal que pode dizer o contrário.
Segundo relatos do UOL, a defesa de Lula pediu desbloqueio de R$ 3 milhões em bens que 
envolvem o espólio da ex-primeira dama. Moro, por sua vez, sustentou que pode ser que 
parte desses bens tenha sido misturada com valores das palestras proferidas pelo ex-
presidente, cuja possibilidade de superfaturamento ainda está sob investigação.
"Embora seja prematura qualquer conclusão, se há suspeita de que os ativos financeiros 
foram em parte formados por recursos ilícitos, não haveria meação a ser resguardada, pois 
produto de crime não se comunica", disse o juiz, lembrando que as palestras estão sob 
investigação.
Por outro lado, Moro indicou que não bloqueou os bens de Marisa, mas os de Lula, e 
provocou o ex-presidente sugerindo que ele pode vender os imóveis e carros que mantém 
em nome do casal e depositar metade do valor em conta judicial.  
A decisão de Moro, de manter o bloqueio, é temporária. Ele ainda irá julgar o pedido no 
mérito. Antes disso, aguarda manifestação dos procuradores de Curitiba e da defesa.  
Em nota, os advogados de Lula mostraram indignação com o despacho do juiz. "Não há 
qualquer sustentação jurídica", afirmaram. "Cogitar-se de 'superfaturamento' de palestras 
contratadas entre partes privadas é o mesmo que admitir a esdrúxula possibilidade de o 
juiz arbitrar o valor que o palestrante pode cobrar por seu trabalho. No caso de Lula, o valor 
de 200 mil dólares para qualquer contratante", acrescentaram.
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