sexta-feira, 29 de junho de 2018

JUSTISSARIO FAZ ‘ASSÉDIO CORPORATIVO’ E PRESSIONA POR NOVO AUMENTO


Em meio a cortes de verbas até da saúde e da educação, a cúpula do Judiciário tenta convencer 
o Planalto a conceder um aumento de 12% para o segmento; o reajuste teria um impacto de 
cerca de R$ 12 bilhões nas contas do Tesouro; o ‘assédio’ corporativo visa compensar a 
suspensão do auxílio-moradia.

A cada ano, o custo do Poder Judiciário vem aumentando para a população do país. Em 2015, cada
brasileiro desembolsou R$ 387 para manter o Judiciário, 31% a mais que em 2009 (quando custava
R$ 295 por habitantes, com com valores corrigidos pela inflação). O dado faz parte do relatório
Justiça em Números, divulgado nesta segunda-feira (17) pelo CNJ (Conselho Nacional de Justiça).
"No ano de 2015, as despesas totais do Poder Judiciário somaram R$ 79,2 bilhões, o que representou
um crescimento de 4,7% e, considerando o quinquênio 2011-2015, um crescimento médio na ordem
de 3,8% ao ano. Essa despesa equivale a 1,3% do PIB (Produto Interno Bruto) nacional, ou a 2,6%
dos gastos totais da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos municípios", aponta o estudo.
E as despesas devem crescer em 2016, já que, em julho, mesmo em meio ao esforço de ajuste fiscal,
o presidente Michel Temer sancionou sem vetos a proposta aprovada pelo Congresso que concedem
reajuste salarial de 41,5% para servidores do Poder Judiciário.
(...)
Em meio a cortes de verbas até da saúde e da educação, a cúpula do Judiciário tenta convencer 
o Planalto a conceder um aumento de 12% para o segmento. O reajuste teria um impacto de cerca de 
R$ 12 bilhões nas contas do Tesouro. O ‘assédio’ corporativo visa compensar a suspensão do auxílio-
moradia.
“Integrantes de entidades que defendem os interesses da magistratura dizem que, hoje, ao menos 6 
dos 11 ministros do Supremo são favoráveis à tese de que o auxílio-moradia só deve ser extinto se 
houver a aprovação de uma compensação que recomponha os salários.
(...)
O ministro Luiz Fux, relator de ação que questiona o auxílio-moradia no STF, estendeu o pagamento 
do benefício a todos os juízes por meio de liminar e manteve o caso parado em seu gabinete por três 
anos. Não há data para julgamento no plenário.”
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