quinta-feira, 21 de junho de 2018

49 CRIANÇAS BRASILEIRAS PRESAS EM GAIOLAS NOS EUA, MAS ALOYSIO MENOPAUSA SÓ FALA DA VENEZUELA


Crianças brasileiras num número estimado em 49 continuavam aprisionadas nos EUA na 
manhã desta quinta, separadas dos pais, algumas em gaiolas; o governo brasileiro reage 
burocraticamente à verdadeira agressão do governo Trump ao Brasil e a outros países da AL -
ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes Ferreira, permanece em silêncio e dedica-se 
a seu tema favorito, atacar o governo eleito da Venezuela.

247 - Crianças brasileiras num número estimado em 49 continuavam aprisionadas nos EUA, 
separadas dos pais, algumas em gaiolas, na manhã desta quinta-feira. O governo brasileiro reage 
burocraticamente à situação que é uma verdadeira agressão do governo Trump ao Brasil e outros 
países da América Latina -o ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes Ferreira, permanece 
em silêncio e dedica-se a seu tema favorito, atacar o governo eleito da Venezuela. Apenas na noite de 
ontem Itamaraty soltou uma nota formal sobre o assunto. 
Ontem, o deputado Arnaldo Jordy (PPS-PA) apresentou à Secretaria Geral da Câmara dos Deputados 
requerimento solicitando informações a Aloysio Nunes sobre quais providências estariam sendo 
tomadas pelo governo em relação às crianças brasileiras, mas sem qualquer resposta até agora. As 
únicas informações do governo brasileiro até o momento são iniciativa do cônsul adjunto do Brasil, 
em Houston, Felipe Santarosa. Ele informou à Agência Brasil que o trabalho dos diplomatas 
brasileiros neste momento é o de pesquisar onde estão essas instituições e fazer contato com os 
abrigos -um trabalho difícil por falta de informações precisas, informou. O cônsul Santarosa disse 
que a preocupação inicial é colocar as famílias em contato. O trabalho será localizar as crianças, 
visitá-las e verificar as condições em que estão. Depois, o intuito é estabelecer contato com as 
famílias.
Apenas na noite de ontem, depois que o assunto virou um escândalo de proporções mundiais, o 
Itamaraty soltou uma nota burocrática sobre a grave crise de direitos humanos. Na abertura da nota, 
um protesto frágil e a manifestação de "preocupação" em relação à crise, sem qualquer defesa das 
famílias e das crianças: "O governo brasileiro acompanha com muita preocupação o aumento de 
casos de menores brasileiros separados de seus pais ou responsáveis que se encontram sob custódia 
em abrigos nos Estados Unidos, o que configura uma prática cruel e em clara dissonância com 
instrumentos internacionais de proteção aos direitos da criança."
O Itamaraty disse ainda na nota que espera a “efetiva revogação da prática de separação” de crianças 
e pais -a revogação da política de separação das famílias foi anunciada por Trump ontem, depois de 
uma onda de repúdio mundial, que não contou com o concurso do governo Temer.
Além de não protestar e sair em defesa das famílias e especialmente das crianças brasileiras, o 
Ministério de Aloysio Nunes recomendou aos membros dos consulados a "realização de campanhas 
de esclarecimento, em coordenação com os conselhos de cidadãos brasileiros nos Estados Unidos, 
sobre os riscos da travessia pela fronteira, em especial com menores de idade".
A nota ainda afirma incrivelmente que "o governo brasileiro mantém consultas regulares sobre temas 
consulares com o governo norte-americano", como se a questão das crianças brasileiras fosse um 
"tema consular" -leia aqui.
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