segunda-feira, 7 de maio de 2018

BEBÊS SÃO TORTURADOS EM ATAQUE DE PISTOLEIROS A SEM-TERRA NO PARÁ


A Comissão Pastoral da Terra (CPT) denunciou nesta segunda-feira, 7, que um grupo de 
homens armados atacou um acampamento com dez famílias de trabalhadores rurais no 
município de São João do Araguaia, próximo à Marabá, no Estado do Pará; adultos e até 
bebês foram vítimas de uma seção de tortura por quase uma hora; "Os pistoleiros dispararam 
suas armas próximo do ouvido de duas crianças gêmeas de três meses de idade para 
aterrorizar sua mãe. Atiraram em redes com crianças dentro, além de derrubarem e 
pisotearem crianças no chão", afirma nota da CPT

247 - A Comissão Pastoral da Terra (CPT) denunciou nesta segunda-feira, 7, que um grupo de 
homens armados atacou um acampamento com dez famílias de trabalhadores rurais no município de 
São João do Araguaia, próximo à Marabá, no Estado do Pará.
Segundo o relato da CPT, reproduzido pelo jornalista Leonardo Sakamoto, os homens chegaram 
encapuzados às margens do rio Araguaia, onde elas estavam acampadas, em duas caminhonetes com 
pistolas, revólveres e escopetas. Adultos e até bebês foram vítimas de uma seção de tortura por quase 
uma hora.
''Os adultos foram espancados a golpes de paus, facões e coronhadas. As marcas ficaram espalhadas 
pelos corpos dos trabalhadores. Os pistoleiros dispararam suas armas próximo do ouvido de duas 
crianças gêmeas de três meses de idade para aterrorizar sua mãe. Atiraram em redes com crianças 
dentro, além de derrubarem e pisotearem crianças no chão. Uma das mães que estava grávida, que 
também foi pisoteada e teve sangramento'', afirma nota da CPT, entidade ligada à Conferência 
Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). No acampamento, havia crianças entre três meses e dez anos 
de idade.
A Polícia Civil de Marabá esteve no local no sábado (5) para dar início à investigação do caso.
Após as torturas, os pistoleiros colocaram fogo nos barracos nos trabalhadores rurais, queimando 
seus pertences e documentos pessoais. As famílias foram obrigadas a subirem nas caminhonetes para 
serem deixadas na rodovia Transamazônica, a 30 quilômetros de distância. Teria sido dada ordem 
para que as famílias fossem para o Tocantins e não voltassem mais.
Leia mais no Blog do Sakamoto.
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