O portal do jornal O Globo deste 27 de abril de 2018 traz um claro organograma das ações
tomadas pela Globo para essa tarefa. É preciso escrever o enredo da culpa de Lula a qualquer
preço, e fazer, o que é muito fácil, que a ficção atravesse das telas para a realidade. O que é
interessante, aliás, porque nessa semana seria julgado o processo contra Moro, relativo a
divulgação das gravações ilegais e criminosas contra Lula e Dilma. Isso poderia pôr fim a todas
as traquinagens do juiz, mas Cármen Lúcia (que faz parte do escrete da Globo, e foi
entrevistada como musa jurídica por Pedro Bial) simplesmente adiou mais uma vez o
julgamento.
Por Bajonas Teixeira
Como quem está treinando um cãozinho afável, mas ainda um pouco rebelde e inconsequente, a Globo deu lições ao STF. Foi ontem, num editorial de O Globo. Mais especificamente, as lições foram destinadas à Segunda Turma, que recentemente tomou decisão contrária a Moro e favorável a Lula. Se trata, é claro, da retirada dos trechos das delações da Odebrecht das mãos de Moro e de seu envio para a justiça de São Paulo.
A Globo avalia que as decisões da Segunda Turma, tem algo que não está como deveria. Na verdade, tendo “beneficiado” a Lula, essa turma está fazendo o contrário do que o adestrador ensinou. É como se, instada a dar a patinha, ela mostrasse o rabinho.
A Globo suspeita que seu totó ainda não tem certeza se a Constituição serve para brincar, para rasgar ou para algum outro fim menos nobre. Por isso, em seu editorial, Em nome da segurança jurídica, a Globo se propõe ao adestramento intensivo.
Foi para ensinar ao pet sobre “segurança jurídica”, isto e, sobre como manter bem presos entre os dentes os ossinhos de Lula, que a Globo fez ontem o tal editorial. Poderia até ser chamado de tutorial de adestramento jurídico supremo.
A Globo diz que esse seu cãozinho (a segunda turma, a de Gilmar, Marco Aurélio, etc.) tem que treinar com o seu gêmeo (a Primeira Turma, a de Cármen Lúcia, de Fachin, de Rosa Weber, etc.). Que já se encontra em estado mais avançado de submissão canina.
Como bom adestrador que é, a Globo não gostou de ver esse seu pet desajeitado, a Segunda Turma, deixar cair o osso que já estava preso nos dentes. Segurar e não soltar, pelo menos até receber um comando para isso, é um aprendizado básico do manual de ética para fucinhos afoitos.
Para aprimorar é preciso ensaiar melhor, treinar mais. A Globo incentiva com carinho o seu filhote atrapalhado nesse edital muito carinhoso. Ela acredita que o bichinho tem tudo que precisa para ser obediente, pegar o ossinho e dar a patinha. Ele e seu irmão gêmeo, a Primeira Turma, são ágeis, espertos e inteligentes. Diz o editorial:
“Não pairem dúvidas de que este jornal considera as turmas do STF aptas para julgarem os processos que lhes chegam de maneira isenta, independente e de acordo com a Constituição, como têm feito.”
Então. Já estando bom, o que falta para ficar perfeito? Muito pouco. Falta apenas o cãozinho, tendo os ossos de Lula, isto é, os seus direitos constitucionais, bem presos entre as mandíbulas, os estraçalhe sem clemência até ao fim. Só isso. Diz o ditado que não se põe dentadura de ouro em boca de cachorro. Mas, se for para funcionar como soco inglês, por que não? Que mal há?
É por isso que a Globo diz que, em nome da “segurança jurídica”, a Segunda Turma tem que aceitar a revisão da sua decisão, levando-a para o plenário para que, junto com a Primeira Turma, possa corrigir o seu erro. Mas tudo isso não com o rabo entre as pernas e a cabeça baixa, postura feia até para um sabujo vira-latas, mas “com sensibilidade e altivez”. Ou seja, com o peito estufado, o focinho erguido e rabinho espetado para cima.
Como quem está treinando um cãozinho afável, mas ainda um pouco rebelde e inconsequente, a Globo deu lições ao STF. Foi ontem, num editorial de O Globo. Mais especificamente, as lições foram destinadas à Segunda Turma, que recentemente tomou decisão contrária a Moro e favorável a Lula. Se trata, é claro, da retirada dos trechos das delações da Odebrecht das mãos de Moro e de seu envio para a justiça de São Paulo.
A Globo avalia que as decisões da Segunda Turma, tem algo que não está como deveria. Na verdade, tendo “beneficiado” a Lula, essa turma está fazendo o contrário do que o adestrador ensinou. É como se, instada a dar a patinha, ela mostrasse o rabinho.
A Globo suspeita que seu totó ainda não tem certeza se a Constituição serve para brincar, para rasgar ou para algum outro fim menos nobre. Por isso, em seu editorial, Em nome da segurança jurídica, a Globo se propõe ao adestramento intensivo.
Foi para ensinar ao pet sobre “segurança jurídica”, isto e, sobre como manter bem presos entre os dentes os ossinhos de Lula, que a Globo fez ontem o tal editorial. Poderia até ser chamado de tutorial de adestramento jurídico supremo.
A Globo diz que esse seu cãozinho (a segunda turma, a de Gilmar, Marco Aurélio, etc.) tem que treinar com o seu gêmeo (a Primeira Turma, a de Cármen Lúcia, de Fachin, de Rosa Weber, etc.). Que já se encontra em estado mais avançado de submissão canina.
Como bom adestrador que é, a Globo não gostou de ver esse seu pet desajeitado, a Segunda Turma, deixar cair o osso que já estava preso nos dentes. Segurar e não soltar, pelo menos até receber um comando para isso, é um aprendizado básico do manual de ética para fucinhos afoitos.
Para aprimorar é preciso ensaiar melhor, treinar mais. A Globo incentiva com carinho o seu filhote atrapalhado nesse edital muito carinhoso. Ela acredita que o bichinho tem tudo que precisa para ser obediente, pegar o ossinho e dar a patinha. Ele e seu irmão gêmeo, a Primeira Turma, são ágeis, espertos e inteligentes. Diz o editorial:
“Não pairem dúvidas de que este jornal considera as turmas do STF aptas para julgarem os processos que lhes chegam de maneira isenta, independente e de acordo com a Constituição, como têm feito.”
Então. Já estando bom, o que falta para ficar perfeito? Muito pouco. Falta apenas o cãozinho, tendo os ossos de Lula, isto é, os seus direitos constitucionais, bem presos entre as mandíbulas, os estraçalhe sem clemência até ao fim. Só isso. Diz o ditado que não se põe dentadura de ouro em boca de cachorro. Mas, se for para funcionar como soco inglês, por que não? Que mal há?
É por isso que a Globo diz que, em nome da “segurança jurídica”, a Segunda Turma tem que aceitar a revisão da sua decisão, levando-a para o plenário para que, junto com a Primeira Turma, possa corrigir o seu erro. Mas tudo isso não com o rabo entre as pernas e a cabeça baixa, postura feia até para um sabujo vira-latas, mas “com sensibilidade e altivez”. Ou seja, com o peito estufado, o focinho erguido e rabinho espetado para cima.
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