sábado, 31 de março de 2018

VENEZUELA TRANSFORMA PRISÃO EM UNIVERSIDADE DE CIÊNCIAS POLÍTICAS HUGO CHÁVEZ


A penitenciária de Yare, localizada no estado de Miranda, na Venezuela, será transformada na 
Universidade de Ciências Políticas Hugo Chávez. O governador do estado, Héctor Rodríguez, 
anunciou a proposta na última segunda-feira (26/03), data em que se comemorou 24 anos desde 
que Chávez deixou a prisão em 1994. "Propus ao presidente Nicolás Maduro que se inicie um 
processo de transferência dos 2.100 detentos na prisão de Yare a outros centros penitenciários 
que temos em Miranda", afirmou Rodríguez.

Do Opera MundiA penitenciária de Yare, localizada no estado de Miranda, na Venezuela, será 
transformada na Universidade de Ciências Políticas Hugo Chávez. O governador do estado, Héctor 
Rodríguez, anunciou a proposta na última segunda-feira (26/03), data em que se comemorou 24 anos 
desde que Chávez deixou a prisão em 1994. "Propus ao presidente Nicolás Maduro que se inicie um 
processo de transferência dos 2.100 detentos na prisão de Yare a outros centros penitenciários que 
temos em Miranda", afirmou Rodríguez.
O governador ainda disse que "o objetivo é que, quando completarem 30 anos da saída de Chávez da 
prisão [2022], as instalações se convertam na Universidade de Ciências Políticas Hugo Chávez".
Segundo Rodríguez, a proposta é que a universidade "gere pensamento internacional, econômico, o 
pensamento popular das comunas, do amor e do pensamento político de Chávez".
A iniciativa, prevista para se concluir em quantro anos, será desenvolvida pelo Governo do Estado 
de Miranda em prceria com o Ministério de Serviços Penitenciários e o Ministério de Educação 
Universitária, Ciência e Tecnologia.

El petro, moeda digital da venezuela, desafia sanções 
econômicas

Do Intercept Brasil

PARA A INTERNET, soou como piada quando Nicolás Maduro, o presidente da Venezuela,
anunciou três meses atrás que a Venezuela estava criando a própria moeda digital, o Petro. A medida, 
divulgada durante seu programa dominical (sim, ele tem um show de cinco horas), pode ter rendido 
ironias infinitas, mas alguém não achou graça: Donald Trump.
No dia 20, três dias antes do começo das negociações do Petro, o presidente dos Estados Unidos 
atacou a criptomoeda, proibindo cidadãos americanos de comprá-la. A ordem executiva, assinada 
pelo próprio Trump em vez do secretário de Tesouro, como habitual, é um recado claro: ele não vai 
permitir que Maduro contorne as sanções impostas no ano passado à economia venezuelana. “Se a 
tentativa da Venezuela é nova, não tem nada de novo sobre as restrições a países”, disse Jerry Brito, 
do Coin Center, um think tank americano.
O objetivo é, claro, debilitar o governo da Venezuela.
O objetivo é, claro, debilitar o governo da Venezuela. Mas o que está por trás desta guerra é muito 
maior do que a disputa com Maduro: Trump quer impedir que as moedas digitais ou criptomoedas 
enfraqueçam a política de aplicar sanções econômicas contra outros países.
Desde que as finanças internacionais se formaram como hoje, a partir do fim da Segunda Guerra, 
parte importante da influência dos Estados Unidos e, hoje, da União Europeia vem da capacidade de 
punir aqueles que saem da linha, congelando bens dos estados e de cidadãos e proibindo comércio e 
investimento. A lista atual de renegadosinclui Rússia, Irã, Coreia do Norte, Síria e Cuba, além da 
própria Venezuela, todos alvos de sanções e bloqueios hoje em vigor. O Iraque foi um participante 
até o ditador Saddam Hussein ser derrubado, em 2003.
De acordo com um estudo da ONU, sanções econômicas no país foram responsáveis pela mortes de 
até 576 mil crianças. Questionado sobre esse fato, a então-Secretária de Estado dos EUA, Madeleine 
Albright, disse: “Acredito que é uma decisão muito difícil, mas o preço — acreditamos que vale a 
pena”. (Mais tarde, ela afirmou ter se arrependido da declaração.)
A eficácia sempre foi dúbia, vide os paraísos fiscais, o contrabando que corre solto nas fronteiras 
destes mesmos países e a natureza econômica de regimes autoritárias. E, no fim, pouco ajuda a 
derrubar ditadores – Bashar al-Assad, da Síria, manda lembranças. Mas funciona que é uma beleza 
para arruinar economias.
Há três anos, estive no Irã, sob sanções americanas desde a revolução islâmica de 1979. Boa parte da 
infraestrutura do país data desta época. A elite corrupta, ligada ao regime e ao petróleo, vive 
refugiada no norte de Teerã, onde, ao pé de resorts visitados por milionários russos e árabes, as ruas 
imitam o estilo das capitais europeias, os prédios são luxuosos como alguns do Oriente Médio e não 
faltam nem as lojas da Adidas ou da Apple – vendendo produtos importados de Dubai ou da Turquia.
Os aiatolás? Continuam inabaláveis no poder.
Já no centro e no sul da cidade, sobram prédios em ruínas, a violência é sem controle, e a população 
sofre os efeitos do bloqueio, sem empregos ou consumo, e é controlada com mão de ferro. O sistema 
financeiro vive no caos. Não há sequer cartão de crédito: tudo tem que ser pago com quantidades 
impressionantes de cédulas – tente se imaginar carregando 8 milhões de riais, a moeda local, pela 
diária de hotel.
E aí que entram as criptomoedas e a cartada de Maduro.
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