quinta-feira, 15 de fevereiro de 2018

PERÍCIA MOSTRA QUE ODEBRECHT FRAUDOU PROVAS CONTRA LULA



Uma perícia feita nos documentos apresentados pela Odebrecht como provas no acordo de 
delação premiada mostra que a empreiteira fraudou documentos para incriminar o ex-
presidente Lula; análise, anexada pela defesa do petista, identificou que papéis usados pelo 
MPF em acusação contra Lula têm marcas de montagem ou enxerto; perito também aponta 
inconsistências em datas de transações e em assinaturas; documentos fazem parte de ação da 
Lava Jato que investiga o uso de um apartamento vizinho ao do ex-presidente em São 
Bernardo do Campo; para a acusação, a Odebrecht custeou a aquisição do imóvel; adulteração 
de documentos e fraude no material apresentado nas delações já havia sido denunciada pelo ex-
advogado da empreiteira Rodrigo Tacla Durán.

A busca por incriminar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, líder disparado em todos os
cenários de intenção de votos para a presidência, fica cada vez mais clara. Uma análise pericial 
realizada a pedido da defesa de Lula concluiu que a Odebrecht apresentou documentos fraudados à 
Justiça como se fossem provas de repasses de propinas a políticos registrados no Drousys, o sistema 
de contabilidade paralela da empreiteira. As informações são da coluna Painel, da Folha de S.Paulo.
O especialista que analisou papéis anexados pelo Ministério Público Federal em acusação contra o 
petista diz que alguns extratos têm marcas de montagem ou enxerto. Ele também aponta 
inconsistências em datas de transações e em assinaturas.
Os documentos contestados pelos advogados de Lula fazem parte de ação da Lava Jato que investiga 
o uso de um apartamento vizinho ao do ex-presidente em São Bernardo do Campo. Para a acusação, 
a Odebrecht custeou a aquisição do imóvel.
O perito que analisou a papelada da empreiteira é o mesmo que atestou a validade formal dos recibos 
apresentados por Lula como prova de que ele pagou o aluguel do local. Entre os registros analisados 
pelo especialista estão extratos apresentados pela Odebrecht de movimentações na filial de um banco 
que a empreiteira comprou no Caribe, o Meinl Bank. Rodrigo Tacla Durán, advogado que prestou 
serviço para a empreiteira e está foragido na Espanha, já havia dito que a empresa manipulou dados 
desta instituição financeira.
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