terça-feira, 6 de fevereiro de 2018

BOLSAS: EUROPA SEGUE A ÁSIA E DESPENCA



O índice Stoxx Europe 600, que cobre 90% do mercado de capitalização em 18 países europeus, caiu 
ao menor índice desde junho de 2016. Os títulos de absolutamente todos os setores da indústria 
despencaram até 2%.
Em Londres, o índice FTSE 100, do Financial Times, caiu 2,1%. É o pior resultado em dez meses. A 
Libra Esterlina e o Euro atingiram a cotação mais baixa em relação ao Dólar nas últimas duas 
semanas.
Os títulos da dívida pública também caíram 0,68% na Alemanha e 1,492% no Reino Unido.
A terça-feira 6/II é o quarto dia consecutivo de quedas na bolsas de valores ao redor do mundo. As 
perdas nos preços dos ativos chegam a US$4 trilhões.
Antes o Conversa Afiada publicou:
Bolsa de Londres tem a maior queda em um ano


O índice Financial Times da Bolsa de Londres tem a maior queda do ano, segundo o The Guardian.
Bolsas de Tóquio e Xangai desabam!


Do G1: Queda em bolsa dos EUA derruba mercados da Ásia e da Europa

Contaminadas pela retração de segunda-feira (5) da Bolsa de Valores de Nova York, nos Estados 
Unidos, as bolsas asiáticas também encerraram em baixa nesta terça (6). As bolsas europeias segume 
a mesma tendência e operam em baixa na manhã desta terça-feira (6).
O índice Nikkei de Tóquio fechou em queda de 4,73%, aos 21.610,24 pontos. Foi a maior baixa 
desde novembro de 2016. O Topix, segundo principal indicador, caiu 4,4%, no mesmo momento, 
para 1.743,41 pontos.
Os principais índices acionários da China registraram forte queda, com o índice de Xangai 
registrando a maior perda em quase dois anos. O índice CSI300, que reúne as maiores companhias 
listadas em Xangai e Shenzhen, teve queda de 2,94%, enquanto o índice de Xangai caiu 3,38%, a 
maior queda diária desde fevereiro de 2016. (...)
Explodiu! A "Coisa" desembestou em NY e na Bovespa!
É a maior queda num só dia!
Deu no New York Times:
Os índices S&P e Dow desabaram nessa segunda-feira 5/XII na sequência de um desabamento 
global, com a perspectiva de que acabaram os "os bons tempos" - slow growth, low inflation, and 
low interest rates that prevailed over the last decade - de crescimento baixo, inflação baixa e juros 
básicos que prevaleceram na década passada.
Ainda segundo o New York Times, isso é uma péssima noticia para o presidente Trump, que faturava 
o boom da Bolsa, como se fosse obra dele...
Da mesma forma, a Cegonhóloga e os açougueiros do tal neolibelismo começam a ver a luz no fim 
do túnel - é um trem em sentido contrário!

PHA


Em tempo:
Boeing e Exxon caíram mais de 5%. Petrobras e Embraer passam a compradoras. Kkk. 
Acho que o plano de privatização do gatinho angorá foi pro brejo. A recuperação da nossa economia 
só pelo mercado interno - Vasco
A "Coisa" desembestou: Davos se tornou uma agência bancáriaBelluzzo: isso não vai dar certo...
O Conversa Afiada reproduz da Carta Capital artigo do professor Luiz Gonzaga Belluzzo, de 
título"Davos e a Globalizacão":
Há alguns, poucos anos, o Forum Econômico Mundial abriu seus sesquipedais salões em Davos para 
simular o acolhimento de dúvidas e questionamentos a respeito da globalização, dúvidas que afligem 
os desglobalizados.
Nos anos 90, os mesmos salões fervilhavam orgiásticas celebrações do caráter benfazejo da 
globalização: 1) a homogeneização do espaço econômico e a submissão crescente das malfeitorias da 
política à racionalidade imposta pelo mercado; 2) a aproximação entre formas jurídicas, os estilos de 
vida e os padrões culturais dos povos.
Em seu desenvolvimento concreto, a busca de novas fronteiras de expansão, impôs a intensificação 
da concorrência capitalista. Na contramão das superstições dos “economistas do mercado”, a 
intensificação da concorrência culminou na centralização dos capitais mediante a farra das fusões e 
aquisições. A centralização do poder em um grupo restrito de grandes empresas foi acompanhada 
concentração da renda e da riqueza. No mesmo movimento, o encolhimento do espaço jurídico-
político ocupado pelos Estados nacionais debilitou a soberania popular.
O trabalho pioneiro de James Glattfelder — “Decoding Complexity: Uncovering Patterns in 
Economic Networks “ — desvela de forma rigorosa a concomitância entre a constituição das cadeias 
globais de valor e a brutal centralização do controle da produção, e da distribuição da riqueza em um 
núcleo reduzido de grandes empresas e instituições da finança “mundializada” que mantêm entre si 
nexos de dependência nas decisões estratégicas: 36% das grandes transnacionais detêm 95% das 
receitas operacionais de todas as 43.000 empresas transnacionais conhecidas. Mais importante: os 
737 principais acionistas têm o potencial de controlar 80% do valor destas empresas. Estes acionistas 
são principalmente instituições financeiras e fundos de investimento dos Estados Unidos e do Reino 
Unido. No texto “Defining Financialization”, o Roosevelt Institute aponta que os lucros no setor 
financeiro, que representavam menos de 10% do total dos lucros corporativos em 1950, cresceram 
para aproximadamente 30% em 2013. Em 1970, os cinco maiores bancos detinham 17% dos ativos 
bancários agregados, mas em 2010 passam a deter 52% (Dallas FED). O jogo da competitividade 
global se aliou às novas normas de governança das empresas para concentrar o poder nas mãos dos 
acionistas e dos administradores da riqueza financeira. As empresas ampliaram expressivamente a 
posse dos ativos financeiros, não como reserva de capital para efetuar futuros investimentos fixos, 
mas como forma de alterar a estratégia de administração dos lucros acumulados e do endividamento. 
O objetivo de maximizar a geração de caixa determinou o encurtamento do horizonte empresarial. A 
expectativa de variação dos preços dos ativos financeiros passou a exercer um papel muito relevante 
nas decisões das empresas. Os lucros financeiros superaram com folga os lucros operacionais. A 
gestão empresarial foi, assim, submetida aos ditames dos ganhos patrimoniais de curto prazo e a 
acumulação financeira impôs suas razões às decisões de investimento, aquelas geradoras de emprego 
e renda.
Nos países desenvolvidos, foram revertidas as tendências à maior igualdade - tanto no interior das 
classes sociais quanto entre elas - observadas no período que vai do final da Segunda Guerra até 
meados dos anos 70. Desenjaulada, a Coisa desembestou, liberando os impulsos mais profundos de 
sua natureza. Os bem sucedidos acumulam “tempo livre” sob a forma de capital fictício ( títulos que 
representam direitos à apropriação da renda e da riqueza) enquanto para os mais fracos, a “liberação” 
do esforço se apresenta como a ameaça permanente do desemprego, a crescente insegurança e 
precariedade das novas ocupações , a exclusão social.
Estudioso das desigualdades, o ex- economista do Banco Mundial, Branko Milanovic, borrifou 
maldades e ironias nas fatiotas dos bacanudos de Davos. “ Como sabemos, os temas mais 
importantes de nossa época, a pobreza e a desigualdade frequentam permanentemente as 
preocupações dos participantes. Infelizmente eles não conseguem tempo ou dinheiro, talvez lobistas 
empenhados, para ajudar na consecução das políticas que dizem apoiar durante as sessões oficiais do 
evento. Por exemplo: aumentar os impostos que recam sobre os rendimentos do 1% mais rico ou 
sobre grandes heranças...”.
Pano Rápido.

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