terça-feira, 30 de janeiro de 2018

Venezuela responde com eleições presidenciais às sanções intervencionistas


Mike Pompeo, diretor da CIA, confessou que algumas das sanções contra Venezuela foram 
feitas por recomendações da organização.

Após numerosos pedidos de diálogo para a convivência política feito pelo presidente Nicolás 
Maduro, partidos de oposição, sob pressão do intervencionismo internacional, tentaram sabotar a 
mesa de diálogo, uma manobra conjunta com as sanções contra funcionários do Governo 
Revolucionário, como as mais recentes emitidas pela União Europeia. Mas como afirmou o 
constituinte Diosdado Cabello, “se o mundo quiser aplicar sanções, aplicaremos as eleições”. Ele 
propôs para Assembleia Nacional Constituinte convocar eleições presidenciais no primeiro trimestre 
de 2018, antes de 30 de abril e corresponde ao Poder Eleitoral para fixar a data das eleições.
A convocatória confundiu a oposição, que se divide entre a opção de um candidato de consenso e a 
realização de eleições. Tem aqueles que preferem se medir e aqueles que agora pedem a abstenção, 
os mesmos que anteriormente insistiam em adiantar as eleições.
Henry Ramos, secretário-geral do Ação Democrática, partido membro da chamada “Mesa da 
Unidade Democrática”, sustenta que a coalizão está com a capacidade de realizar eleições primárias 
em um mês. Por outro lado, Henri Falcón, ex governador e ex chavista do estado Lara, anunciou sua 
candidatura da Unidade Nacional, posição compartilhada por Claudio Fermín, que também anunciou 
sua candidatura.
A proposta de eleições, aprovada por unanimidade na Assembleia Nacional Constituinte, se realiza 
logo que o processo de diálogo se reprograma para uma seguinte reunião, assim a oposição assume 
uma posição hesitante diante dos acordos alcançados na República Dominicana, em duas reuniões 
realizadas em janeiro, entre os quais se discutiu a realização de eleições presidenciais para o primeiro 
trimestre de 2018.
Dirigentes do chavismo, como Diosdado Cabello, denunciaram que a oposição tem outra agenda, 
imposta pelo estrangeiro, e que coloca em evidência suas contradições, quando por um momento 
afirmam ir as eleições, e por outro, sustentam que não. Sem embargo, a oposição cumprirá com o 
início do calendário eleitoral a partir do final de janeiro, quando é feito o registro das assinaturas 
para validar o cartão eleitoral.
O governo venezuelano insiste na continuação do processo de diálogo, reafirma sua vontade em 
mantê-lo, e no final de janeiro, haverá outra reunião na República Dominicana, embora as respostas 
tenham sido agressivas, como as sanções da União Europeia, as quais o governo venezuelano enviou 
notas de protesto. A mesma coisa com o Grupo de Lima, cujas declarações procuram propiciar o 
ódio para impedir as eleições, e o pronunciamento dos Estados Unidos, que exige contraditoriamente 
um “retorno a democracia” na Venezuela, mas rejeita o apoio as eleições.
Recentemente, a agência EFE publicou que Mike Pompeo, diretor da CIA, confessou que algumas 
das sanções contra Venezuela foram feitas por recomendações da organização, o que reflete nossa 
dupla oposição.
O presidente Nicolás Maduro, convocou para o dia 4 de fevereiro todas as forças sociais para eleger 
um candidato presidencial da Revolução, e que nem Donald Trump, nem Juan Manuel Santos, nem 
Mariano Rajoy, decidirão pelo povo venezuelano. Resta esperar a data estabelecida pelo Conselho 
Nacional Eleitoral para a próxima eleição.
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