terça-feira, 31 de outubro de 2017

CAETANO: É A PRIMEIRA VEZ QUE SOU IMPEDIDO DE CANTAR NO PERÍODO DEMOCRÁTICO


Cantor e compositor Caetano Veloso disse ter se sentido mal com a proibição de seu show na 
ocupação do MTST em São Bernardo do Campo, onde estão assentadas cerca de oito mil 
famílias; "Dá a impressão que não é um ambiente propriamente democrático", disse; 
proibição foi determinada pela juíza Ida Inês Del Cid, da 2ª Vara da Fazenda Pública de São 
Bernardo do Campo, que alegou motivo de segurança e que o local não tinha estrutura para 
um artista com o "brilhantismo" de Caetano; para Guilherme Boulos, líder do MTST e da 
Frente Povo Sem Medo, a Justiça deveria se preocupar em “pegar a quadrilha que está no 
poder no Brasil", em vez de proibir um apresentação musical; ato em defesa da ocupação teve 
presença de vários artistas nesta noite.

Por Vitor Nuzzi, da Rede Brasil Atual

Juízeca usa “brilhantismo” de Caetano para proibí-lo de 
cantar para pessoas de baixa renda, na ocupação de São 
Bernardo
“Seu brilhantismo atrairá muitas pessoas para o local, o que certamente colocaria em risco estas 
mesmas, porque, como ressaltado, não há estrutura para shows, ainda mais, de artista tão querido 
pelo público, por interpretar canções lindíssimas, com voz inigualável”. Trecho de decisão de juíza 
Ida Inês Del Cid, da 2ª Vara da Fazenda Pública de São Bernardo do Campo.
‘É a primeira vez que sou impedido de cantar no período 
democrático’, diz Caetano

O cantor e compositor Caetano Veloso deixou a ocupação Povo Sem Medo, em São Bernardo do
Campo às 20h45, sem conseguir realizar o show anunciado pelos Movimento dos Trabalhadores
Sem Teto (MTST), por conta de decisão da juíza Ida Inês Del Cid, da 2ª Vara da Fazenda Pública de
São Bernardo do Campo.
Dizendo não conhecer as questões legais, Caetano afirmou se sentir mal com a proibição. “Dá a
impressão de que não é um ambiente propriamente democrático”, declarou o compositor ao sair da
ocupação. “É a primeira vez que sou impedido de cantar no período democrático”, disse ainda.
Para o coordenador do MTST, Guilherme Boulos, a Justiça deveria se preocupar em “pegar a
quadrilha que está no poder no Brasil", em vez de proibir um apresentação musical.
“Hoje aqui em São Bernardo do Campo mais uma vez a Constituição brasileira foi rasgada. É um
absurdo, é censura, é ilegal. Para muita gente dentro do Judiciário o preconceito vale mais do que a
lei. Se eles queriam nos provocar para uma ação violenta não conseguiram. Isso nos dá energia, nos
dá ânimo”.
Boulos também criticou o prefeito de São Bernardo, Orlando Morando (PSDB), que segundo o
coordenador do MTST apostou

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