sábado, 2 de setembro de 2017

"PADRINHO" DE MORO, ACUSADO DE INTERMEDIAR VANTAGENS EM DELAÇÕES DA LAMA JATO APAGA FOTOS DE SEU PERFIL NO FACEBOOK !!!


POR FERNANDO BRITO 

O dileto amigo do juiz Sérgio Moro, o advogado Carlos Zucolotto, acusado por Rodrigo Tacla 
Duran, réu na Lava Jato, de intermediar negociações paralelas de delação premiada com a força-
tarefa da operação, apagou as postagens de seu perfil no Facebook.
Dentre elas, fotos nas quais Moro, Zucolotto e esposas aparecem em restaurantes de luxo em Nova 
Iorque. O problema é que pelos critérios adotados por Moro à frente da Lava Jato muitos já foram 
acusados, condenados e presos por procedimentos semelhantes.
E agora, doutor Moro ? Será que a sociedade não tem o direito de saber o que teme seu padrinho de 
casamento ao limpar o perfil do Facebook? Podemos pensar que seja o medo da revelação de 
evidências e fatos comprometedores. Embora saibamos todos que a seletividade e adoção sistemática 
da prática dos “dois pesos e duas medidas” sejam marcas visíveis de sua atuação como juiz, o caso 
em questão requer explicações.
Não custa lembrar que Moro foi pilhado em flagrante demonstração de deboche quando as denúncias 
de Duran vieram à tona, através de matéria do jornal Folha de S. Paulo assinada pela jornalista 
Monica Bergamo.
Na ocasião, o juiz de 1ª instância, que vem dando fé pública e crédito ilimitado à palavra de acusados 
e criminosos, para condenar sem provas desde o início da Lava Jato, teve a desfaçatez de sair-se com 
essa : “É lamentável que a palavra de um foragido da Justiça brasileira seja utilizada para levantar 
suspeitas infundadas sobre a atuação da Justiça”
Na mesma linha, ele negou o pedido dos advogados do ex-presidente Lula para que Duran fosse 
ouvido na condição de testemunha de defesa. Está claro que Moro quer calar Duran a todo custo e 
abafar o episódio. Mas a Lava Jato acusou a presidenta Dilma de obstruir a justiça ao nomear Lula 
ministro e do mesmo crime por ter nomeado um ministro do STJ, segundo delação do ex-senador 
Delcídio do Amaral.
Nos porões de Curitiba não faltam presos por obstrução da Justiça, com base nos parâmetros de 
Moro para tipificar esse delito. Agora, a pergunta que inquieta os defensores do estado democrático 
de Direito é : por que diabos seu amigo e compadre está a salvo do entendimento padrão da Lava 
Jato sobre obstrução de Justiça” ?
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