quarta-feira, 27 de setembro de 2017

A "INERCIA" DE VOVÔ ADAMS: NADA PELA DEMOCRACIA!!


Carmen Lúcia: serenidade e firmeza, e nenhuma 
atitude em defesa da democracia
Segundo o portal do Conselho Nacional de 
Justiça, ao final da 259a, sessão ordinária, a
presidente Carmen Lúcia assim falou sobre o
Judiciário:
“Neste tempo, há que se atuar com 
serenidade, mas com firmeza, na defesa das
instituições democráticas. Na defesa do poder
judiciário de uma forma especial, pela
circunstância de que somos o guarda da
constituição e em caso de litígio somos o
último a dizer a palavra do que há de
prevalecer como direito”, disse a ministra.
Disse mais: “Vivemos momentos em que o 
exercício de cargos públicos exige um grau de
responsabilidade pessoal e institucional, mas
principalmente um comprometimento com o
Brasil, com o estado constitucional cuja
democracia estamos a construir com muito
cuidado, sem chance de atropelos, menos
ainda de qualquer espécie de cogitação, ainda que distante, de retrocesso, de
antijuridicidade, inadmissíveis por natureza”.
A ministra citou o tempo vivido pelo País, de “tão pouca delicadeza” e de “muitas 
incertezas”, e a necessidade de o Poder Judiciário dar uma resposta de ética e
responsabilidade.
A Ministra continua a favor do bem, da verdade, da gentileza e das palavras vazias.
Meses atrás solicitei uma audiência com ela para informá-la dos problemas enfrentados 
pelo jornalismo independente, não ligado a grandes grupos. Foi a propósito de sua decisão
de recriar um conselho de liberdade de imprensa, no âmbito do CNJ, para analisar as
sentenças estapafúrdias contra a liberdade de expressão.
Fui recebido com gentileza, pão de queijo mineiro de boa procedência. A Ministra anotou 
em um caderninho as reivindicações apresentadas. Que analisasse o exercício do
jornalismo sob a ótica moderna, e entendesse que a principal vulnerabilidade era da
imprensa independente, sem estrutura e sem recursos para enfrentar ações custosas, não
dos associados da ANER (Associação Nacional das Editoras de Revistas), ABERT (Associação
Brasileira de Rádio e Televisão), ANJ (Associação Nacional dos Jornais).
Sugeri, também, que abrisse debates no âmbito do CNJ, sobre as transformações da mídia, 
mas não se atendo apenas à imprensa tradicional. Tudo foi anotado com serenidade e
firmeza.
De lá para cá, nenhum retorno, nenhuma resposta, nenhuma preocupação com as ameaças 
reais sofridas no exercício do jornalismo.
Com serenidade e firmeza, Carmen Lúcia nada decidiu. E não se manifestou quando um 
jornalista foi condenado pelo Tribunal de Justiça do Rio, por criticar o mais notório dos
políticos corruptos do país.

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