quarta-feira, 12 de julho de 2017

MPF RECORRE DAS ILEGALIDADES DE MORO QUE BENEFICIARAM RENATO DUQUE


Ministério Público Federal recorreu da decisão do juiz federal Sérgio Moro de conceder o 
benefício de progressão de pena após o cumprimento de cinco anos por parte do ex-diretor de 
Serviços da Petrobras, Renato Duque, preso na Operação Lava Jato; "Cumpre pontuar, em 
primeiro lugar, as informações apresentadas por Renato Duque nada acrescentam no interesse 
da persecução criminal, de modo que sequer poderiam configurar confissão tardia, quanto 
muito para fins de incidência da atenuante, e muito menos poderiam atrair benefícios do 
instituto da colaboração premiada", destacou o MPF.

Jornal GGN - Depois de desembargadores do Tribunal Regional Federal da 4ª Região decidirem 
notificar Sergio Moro por sua atuação reprovável (o juiz de Curitiba vem manobrando para amarrar a 
segunda instância a suas decisões), é a vez dos procuradores liderados por Deltan Dallagnol dizerem 
que o magistrado está atuando "além dos limites".
Na segunda (10), os procuradores apresentaram um recurso contra a decisão que Moro tomou em 
favor de Renato Duque, no mesmo processo em que foi condenado o ex-ministro Antonio Palocci.
Após Duque decidir admitir o recebimento de propina no exterior, abrir mão de conta secreta e citar 
Lula em depoimentos que rendem novo inquérito contra o ex-presidente, Moro decidiu não "impor 
ao condenado, como condição para pogressão do regime, a completa devolução do produto do crime, 
mas apenas daqueles valores em sua posse." Com isso, Duque ficará 5 anos em regime fechado e 
depois terá a progressão da pena.
A força-tarefa da Lava Jato não recebeu bem a notícia. Sustentou, no recurso, que a decisão de Moro 
"carrega vícios de contradição e de omissão, além de clara violação a dispositivos legais, sendo ainda 
extra petita", ou seja, a decisão foi tomada sem ter sido discutida com as partes interessadas.
Além disso, o MPF afirmou que não existe acordo de colaboração com Renanto Duque porque não 
houve "interesse público em firmar tal compromisso". Segundo os procuradores, Duque só se 
interessou em colaborar quando percebeu que seria condenado a muitos anos de regime fechado e,
ainda assim, não teria oferecido nada que representasse novidade ou tivesse valor para a Lava Jato.
Como o recurso - embargos de declaração - os procuradores esperam que Moro sabe as 
irregularidades e contradições dos benefícios que concedeu a Duque.

247 - O Ministério Público Federal recorreu da decisão do juiz federal Sérgio Moro de conceder o 
benefício de progressão de pena após o cumprimento de cinco anos por parte do ex-diretor de 
Serviços da Petrobras, Renato Duque, preso na Operação Lava Jato.
Duque foi condenado a uma pena de 62 a os de prisão, mas Moro concedeu o benefício após o 
executivo da Petrobras confessar de forma espontânea os crimes que teria cometido à frente da 
diretoria da estatal e de ter promovido a devolução de 20 milhões de euros recebidos por meio de 
propinas.
Segundo o MPF, Dique somente teria colaborado com a Justiça após perceber que não conseguiria 
ser absolvido. "Cumpre pontuar, em primeiro lugar, as informações apresentadas por Renato Duque 
nada acrescentam no interesse da persecução criminal, de modo que sequer poderiam configurar 
confissão tardia, quanto muito para fins de incidência da atenuante, e muito menos poderiam atrair 
benefícios do instituto da colaboração premiada", destacou o MPF.
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