terça-feira, 4 de julho de 2017

EX ADVOGADO DO PCC DECLARA ILICITAS AS PROVAS COLHIDAS PELA PF CONTRA SIMONE MORGADO DO PMDB


O ex Advogado do PCC Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF)

O ex Advogado do PCC Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), declarou 
ilícitas as provas colhidas pela Polícia Federal no gabinete e no apartamento funcional da 
deputada federal Simone Morgado (PMDB-PA) em março deste ano. 

Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), declarou ilícitas as provas colhidas pela 
Polícia Federal no gabinete e no apartamento funcional da deputada federal Simone Morgado 
(PMDB-PA) em março deste ano. O alvo das buscas era a assessora Soane de Castro Moura, que 
trabalha com a parlamentar. A decisão de Moraes foi feita no âmbito de uma reclamação apresentada 
pela Advocacia-Geral da União (AGU) que pedia a anulação da operação de busca e apreensão 
realizada pela Polícia Federal no gabinete e no imóvel funcional da parlamentar. A AGU defende a 
Câmara dos Deputados nesse caso.
A operação História de Pescador foi realizada no dia 23 de março com a autorização do juiz federal 
Antonio Carlos Almeida Campelo, da 4ª Vara Federal e do 2º Juizado Especial Federal Criminal. 
Além do gabinete e do imóvel funcional da deputada, também foi revistada a instalação da própria 
Comissão de Finanças e Tributação, da qual a deputada faz parte. As investigações apuram 
irregularidades na Superintendência Federal de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, no Pará, onde 
Soane atuou.
"Na presente hipótese, não há dúvidas, portanto, da incompetência do juízo de 1ª instância para a 
determinação das buscas e apreensões, e, consequentemente, da ilicitude das provas obtidas, porque 
produzidas com desrespeito às prerrogativas parlamentares, à cláusula de reserva de jurisdição e ao 
princípio do juiz natural", alegou Moraes em sua decisão, assinada na última sexta-feira, 30.
De acordo com o ministro, embora as diligências tenham sido frustradas na Câmara dos Deputados, 
onde nada foi apreendido, a operação se revelou exitosa na residência da deputada, tendo sido 
recolhidos documentos e equipamentos eletrônicos, entre eles um computador pessoal da deputada.
"São ilícitas todas as provas obtidas a partir das diligências realizadas no gabinete, na comissão e no 
apartamento funcional da parlamentar federal, bem como todas aquelas delas derivadas, mesmo se 
reconduzidas aos autos de forma indireta, devendo, pois, serem desentranhadas do processo", 
determinou Moraes.

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