Haddad: Golpe não ocorreria sem as "Jornadas de Junho"
Haddad: Dilma e Lula foram alertados por Putin e Erdogan sobre protestos de 2013
O ex-prefeito Fernando Haddad afirmou, em uma longa análise da conjuntura política publicada na
edição de junho da revista Piauí, que o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff dificilmente
teria ocorrido se não fossem as manifestações de 2013, que ficaram conhecidas como "Jornadas de
Junho".
Haddad revelou que, à época, tanto Dilma quanto o ex-presidente Lula foram alertados pelos
Haddad revelou que, à época, tanto Dilma quanto o ex-presidente Lula foram alertados pelos
presidentes da Rússia, Vladimir Putin, e da Turquia, Recep Erdogan, sobre a grande possibilidade de
que os protestos estivessem sendo patrocinados por grandes corporações que sequer estavam no
Brasil.
"Já naquela ocasião vi um estudo gráfico mostrando uma série de nós na teia de comunicação virtual,
"Já naquela ocasião vi um estudo gráfico mostrando uma série de nós na teia de comunicação virtual,
representativos de centros nervosos emissores de convocações para os atos. O que se percebia era
uma movimentação na rede social com um padrão e um alcance que por geração espontânea
dificilmente teria tido o êxito obtido. Bem mais tarde, eu soube que Putin e Erdogan haviam
telefonado pessoalmente para Dilma e Lula com o propósito de alertá-los sobre essa possibilidade",
lembrou o petista, que é professor de Ciência Política na USP.
Segundo Haddad, já durante os protestos a percepção de alguns estudiosos da rede social era de que
Segundo Haddad, já durante os protestos a percepção de alguns estudiosos da rede social era de que
as ações virtuais poderiam estar sendo patrocinadas. "Não se falava ainda da Cambridge Analytica,
empresa que, segundo relatos, atuou na eleição de Donald Trump, na votação do Brexit, entre outras,
usando sofisticados modelos de data mining e data analysis".
(...) Posteriormente, Haddad conta ter antecipado, em conversa com o governador Geraldo Alckmin,
(...) Posteriormente, Haddad conta ter antecipado, em conversa com o governador Geraldo Alckmin,
a crise institucional que atinge o país desde então, com a eleição de Dilma Rousseff para seu
segundo mandato e seu adversário Aécio Neves (PSDB), que não aceitou o resultado, a deflagração
da Operação Lava Jato, o impeachment da presidente, a ascensão de Temer e o desprestígio da classe
política. (...) eu disse ao governador o que pressentia: 'Podemos estar às vésperas de uma crise
institucional'".
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