sábado, 10 de junho de 2017

JOÂO PLENÁRIO E O TSE ABSOLVEM O POSTIÇO


Joao Plenário durante a quarta sessão de julgamento da chapa Temer-Dilma no TSE 
(Créditos: Marlene Bergamo/Folhapress)

Não é tribunal, não é superior e tem partido

O Tribunal (sic) Superior (sic) Eleitoral finalizou, na noite desta sexta-feira, 9/VI, o julgamento da 
chapa Temer-Dilma.
E, por 4 votos a 3, decidiu pela absolvição.
Votaram pela absolvição os ministros Napoleão Nunes Maia, Admar Gonzaga, Tarcísio Vieira e 
Gilmar Mendes.
Já os ministros Herman Benjamin (relator), Luiz Fux e Rosa Weber votaram pela condenação.
Como era de se esperar, Gilmar fez do TSE o que bem entendeu.
Ele, presidente do Tribunal (sic), foi o último a votar. Até aquele momento, havia empate por 3x3.
O Postiço continua em liberdade.


O presidente do TSE, Gilmar Mendes, deu declarações destoantes sobre a chapa Dilma Rousseff-Michel Temer entre 2015, quando defendeu a continuidade do processo, e 2017, quando votou pela absolvição.
No voto de agosto daquele ano, Gilmar defendeu, por exemplo, que as instituições tinham de cumprir seu papel apesar da crise pela qual passava o governo Dilma. "Ponderaram-me que não deveríamos votar este processo hoje, porque estamos diante de manifestação no dia 16 de agosto. Mas este fato não se justifica, as instituições têm que cumprir seu papel", afirmou.
Neste ano, porém, o ministro disse que a instabilidade política deveria ser levada em conta. "Temos uma situação bastante singular, que é a impugnação de chapa presidencial, em um grau de estabilidade ou de instabilidade que precisa ser considerado."
Seu voto em 2015 foi citado pelo relator da ação, ministro Herman Benjamin, que pediu a cassação. Em um dos trechos lembrados, Gilmar afirmou que seu pedido de vista havia demorado cinco meses por ter de fazer atualizações "a toda hora", "em função dos fatos que se sobrepõem".
"Puxa-se uma pena e vem uma galinha na Lava Jato", disse.
Nesta semana, criticou o relator, que defendeu a inclusão das delações da Odebrecht. "Teria que manter o processo aberto e trazer as delações da JBS. E talvez as de Palocci", afirmou. "Há limites que o processo estabelece."

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