mulher do deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) dos crimes de lavagem de dinheiro e
de evasão fraudulenta de divisas, no âmbito da operação Lava Jato;
Não é só a propina da JBS que ajuda Eduardo Cunha a “ficar calmo”. Deve estar, com toda a
razão, calmíssimo agora, com a decisão do juiz Sérgio Moro – o mesmo que vetou mais da
metade de suas perguntas para Michel Temer – de absolver sua mulher, Cláudia Cruz, cuja
condenação por lavagem de dinheiro e de evasão fraudulenta de divisas havia sido pedida pelo
Ministério Público.
Moro considerou que não havia provas suficiente para mostrar que havia dolo em Cláudia
operar uma conta de mais de US$ 1 milhão, de 2008 a 2014, com recursos oriundos dos trustees
Triumph SP (US$ 1.050.000,00), Netherton (US$ 165 mil) e Orion SP (US$ 60 mil).
Ela não teria obrigação de saber, segundo Moro, que o dinheiro teria origem ilícita.
Eram, afinal, os “alfinetes” da madame.
Paraná 247 - Contrariando as expectativas, o juiz Sérgio Moro absolveu nesta quinta-feira, 25, a
jornalista Cláudia Cruz, mulher do deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) dos crimes de
lavagem de dinheiro e de evasão fraudulenta de divisas, no âmbito da operação Lava Jato.
Segundo Moro, faltou 'prova suficiente de que (Cláudia Cruz) agiu com dolo' ao manter conta na
Segundo Moro, faltou 'prova suficiente de que (Cláudia Cruz) agiu com dolo' ao manter conta na
Suíça com mais de US$ 1 milhão, dinheiro supostamente oriundo de propina recebida pelo marido.
"Absolvo Cláudia Cordeiro Cruz da imputação do crime de lavagem de dinheiro e de evasão
fraudulenta de divisas por falta de prova suficiente de que agiu com dolo", assinalou Moro.
Segundo a denúncia do Ministério Público Federal, Cláudia Cruz era a única controladora da conta
Segundo a denúncia do Ministério Público Federal, Cláudia Cruz era a única controladora da conta
em nome da offshore Köpek, na Suíça, por meio da qual pagou despesas de cartão de crédito no
exterior em montante superior a US$ 1 milhão num prazo de sete anos (2008 a 2014)'.
O Ministério Público Federal apontou que o valor de US$ 1 milhão gasto por Cláudia é 'totalmente
incompatível com os salários e o patrimônio lícito de seu marido'. Quase a totalidade do dinheiro
depositado na Köpek (99,7%) teve origem nas contas Triumph SP (US$ 1.050.000,00), Netherton
(US$ 165 mil) e Orion SP (US$ 60 mil), todas pertencentes a Eduardo Cunha.
Na mesma ação, também eram réus Jorge Luiz Zelada, ex-diretor da Área Internacional da estatal
Na mesma ação, também eram réus Jorge Luiz Zelada, ex-diretor da Área Internacional da estatal
petrolífera, pelo crime de corrupção passiva; João Augusto Rezende Henriques, operador que
representava os interesses do PMDB no esquema, por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e
evasão de divisas; e Idalecio Oliveira, empresário português proprietário da CBH (Companie
Beninoise des Hydrocarbures Sarl), pelos crimes de corrupção ativa e lavagem de dinheiro.
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