quinta-feira, 11 de maio de 2017

UM ANO DEPOIS, GOLPE DO POSTIÇO CONTINUA AFUNDANDO A ECONOMIA E DERRUBA COMÉRCIO


Na véspera de um ano do golpe articulado por Aécio Neves e Eduardo Cunha, que colocou 
Michel Temer no poder, sai um dado arrasador: o comércio teve sua maior queda em 14 anos, 
fazendo com que o setor encolhesse 3% nos primeiro trimestre do ano, frente ao primeiro 
trimestre do ano passado; o motivo da queda, sobretudo nas vendas dos supermercados, é o 
desemprego recorde, combinado com a queda na renda dos brasileiros; com resultados tão 
negativos, a população brasileira rechaça, em peso, o golpe; para 92%, o Brasil segue no rumo 
errado e 85% exigem diretas-já.

SÃO PAULO (Reuters) - O varejo do Brasil registrou em março a maior queda em 14 anos, muito 
pior que o esperado e pressionado pela perda acentuada nas vendas do setor de supermercados em 
meio ao cenário de desemprego alto, mais um sinal de que a atividade econômica tem sofrido para 
mostrar recuperação mais consistente.
As vendas no varejo do país recuaram 1,9 por cento em março sobre fevereiro, informou o Instituto 
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira, pior resultado mensal desde março de 
2003 (-2,5 por cento). Na comparação com mesmo período do ano passado, a queda foi de 4,0 por 
cento, completando dois anos de perdas contínuas nesta comparação.
Com isso, o comércio varejista acumulou queda de 3,0 por cento no primeiro trimestre de 2017, 
quando comparado com o mesmo período de 2016, e de 5,3 por cento nos últimos 12 meses.
As expectativas em pesquisa da Reuters eram de queda de 0,6 por cento na comparação mensal e de 
recuo de 1,8 por cento sobre um ano antes.
"A conjuntura ecônomica justifica esse momento do comércio", resumiu o economista e diretor do 
IBGE, Roberto Olinto.
O IBGE apontou que o setor de Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e 
fumo, que tem peso importante no consumo das famílias, acelerou a queda a 6,2 por cento em março, 
ante 1,7 por cento em fevereiro.
O varejo ampliado, que inclui veículos e material de construção, recuou 2 por cento, refletindo o 
comportamento das vendas de Veículos, motos, partes e peças, que apresentou queda de 0,1 por 
cento no volume de vendas ante fevereiro.
Mesmo com a inflação em trajetória de queda e a redução na taxa de juros promovida pelo Banco 
Central, o consumo ainda vem sofrendo muito com o desemprego alto, com mais de 14 milhões de 
pessoas sem trabalho no final do primeiro trimestre.[nL1N1I00K3]
No mês passado, o IBGE divulgou que atualizou as ponderações dos setores e passou a usar 2014 
como base para a pesquisa, contra 2011 anteriormente.
Veja as variações mensais dos segmentos no varejo (%):

Atividade Fevereiro Março
.Comércio Varejista -1,6 -1,9
1.Combustíveis e lubrificantes +0,6 +1,1
2.Hipermercados, supermercados,
produtos alimentícios e bebidas -1,7 -6,2
3.Tecidos, vestuário e calçados +1,4 -1,0
4.Móveis e eletrodomésticos +2,0 +6,1

5.Artigos farmacêuticos e perfumaria +1,1 -0,5

6.Livros, jornais e papelaria +1,4 +5,6

7.Equipamentos, material escritório

e comunicação -2,9 -0,5

8.Outros artigos de uso doméstico -1,7 +0,9

.Comércio Varejista Ampliado +0,6 -2,0

9.Veículos, motos, peças e partes -0,7 -0,1

10.Material de construção -1,5 +2,7

(Por Thaís Freitas; Edição de Patrícia Duarte)

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