quarta-feira, 3 de maio de 2017

SEM ESPETACULO E VAZAMENTOS... MINEIRINHO É INTERROGADO NA PF

Sem espetáculo midiático, sem sistema especial de segurança ou mesmo vazamento na imprensa, o
senador Aécio Neves (PSDB-MG) foi interrogado na manhã desta terça-feira (2), na Polícia Federal, 
em Brasília, na condição de investigado em um inquérito que apura irregularidades em Furnas, 
estatal do setor elétrico. O interrogatório durou cerca de uma hora.
José Cruz/Agência Brasil
  
A imprensa tratou do 
caso como se deve, mas 
muito distante do 
tratamento que dispensa 
a outras lideranças 
políticas. O Judiciário, e 
ai inclui-se o Ministério 
Público e a Polícia 
Federal, atuaram de 
maneira a respeitar o rito 
processual, sem qualquer 
alarde, entrevista coletiva 
ou esquema 
desproporcional de 
segurança.
Segundo o advogado 
Alberto Zacharias Toron, 
que defende Aécio no 
caso, seu cliente respondeu a todas as perguntas feitas pelo delegado da PF e "fez questão absoluta de esclarecer tudo".
"A ênfase que se deu é que toda a suspeita que se lançou sobre ele veio por informações 'por ouvir 
dizer'. Ele refutou tudo que foi dito", afirmou Toron em entrevista ao Estadão. A ênfase de Aécio de 
que as suspeitas lançadas contra ele são resultado de depoimentos baseados no "ouvi dizer" é a base 
da maior parte dos depoimentos de delatores da Operação Lava Jato, que deram origem ao processo 
contra Aécio.
Aécio responde a sete inquéritos abertos contra ele pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Neste em 
que foi depor, Aécio é suspeito de receber propina do ex-diretor de Furnas Dimas Toledo, em um 
esquema de desvio de recursos na estatal do setor elétrico.
O interrogatório estava marcado originalmente para a semana passada, mas foi adiado depois de o 
ministro Gilmar Mendes, relator deste inquérito no STF, atendeu a um pedido da defesa e garantiu 
acesso aos termos de depoimentos prestados por testemunhas de acusação, o que havia sido negado 
pela Polícia Federal.
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