senador Aécio Neves (PSDB-MG) foi interrogado na manhã desta terça-feira (2), na Polícia Federal,
em Brasília, na condição de investigado em um inquérito que apura irregularidades em Furnas,
estatal do setor elétrico. O interrogatório durou cerca de uma hora.
José Cruz/Agência Brasil
A imprensa tratou do
caso como se deve, mas
muito distante do
tratamento que dispensa
a outras lideranças
políticas. O Judiciário, e
ai inclui-se o Ministério
Público e a Polícia
Federal, atuaram de
maneira a respeitar o rito
processual, sem qualquer
alarde, entrevista coletiva
ou esquema
desproporcional de
segurança.
Segundo o advogado
Alberto Zacharias Toron,
que defende Aécio no
caso, seu cliente respondeu a todas as perguntas feitas pelo delegado da PF e "fez questão absoluta de esclarecer tudo".
"A ênfase que se deu é que toda a suspeita que se lançou sobre ele veio por informações 'por ouvir
dizer'. Ele refutou tudo que foi dito", afirmou Toron em entrevista ao Estadão. A ênfase de Aécio de
que as suspeitas lançadas contra ele são resultado de depoimentos baseados no "ouvi dizer" é a base
da maior parte dos depoimentos de delatores da Operação Lava Jato, que deram origem ao processo
contra Aécio.
Aécio responde a sete inquéritos abertos contra ele pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Neste em
que foi depor, Aécio é suspeito de receber propina do ex-diretor de Furnas Dimas Toledo, em um
esquema de desvio de recursos na estatal do setor elétrico.
O interrogatório estava marcado originalmente para a semana passada, mas foi adiado depois de o
O interrogatório estava marcado originalmente para a semana passada, mas foi adiado depois de o
ministro Gilmar Mendes, relator deste inquérito no STF, atendeu a um pedido da defesa e garantiu
acesso aos termos de depoimentos prestados por testemunhas de acusação, o que havia sido negado
pela Polícia Federal.
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