segunda-feira, 29 de maio de 2017

EXCLUSIVO: O ACORDÃO DO POSTIÇO COM TUCANOS, É O GOLPE DENTRO DO GOLPE PARA CONTINUA ROUBANDO


Atenção movimentos sociais e lideranças populares: os golpistas estão rascunhando um golpe 
dentro do golpe para salvar a pele (não o cargo) de Michel Temer, formar um governo de 
maioria tucana e jogar por terra a campanha por eleições diretas já.

Por Fernando Morais  

Um grande acordo da Casa Grande começou a ser costurado no último sábado em uma reunião 
“social” ocorrida no Palácio do Jaburu. Participaram do encontro, além de Temer, o general Sérgio 
Etchegoyen (ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional), os ministros Aloysio Nunes 
(Relações Exteriores), Bruno Araújo (Cidades), Antonio Imbassahy (Secretaria de Governo) e 
Moreira Franco (Secretaria-Geral da Presidencia) e o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin. 
Para disfarçar, Marcela Temer recebeu em outro ambiente do palácio as esposas presentes. Por meio 
de mídia eletrônica o encontro foi acompanhado à distância pelo ex-presidente Fernando Henrique 
Cardoso.
Os principais termos do acordão são os seguintes:
  • Temer deve sair logo, para evitar a cassação pelo TSE e a eventual convocação de eleições diretas já para presidente da República.
  • Esvaziar a Operação Lava Jato.
  • Formar um governo de maioria tucana, no qual Henrique Meirelles seria substituído no Ministério da Fazenda por Armínio Fraga.
  • Garantir o silêncio de Eduardo Cunha com a preservação da liberdade de sua mulher e sua filha.
  • Controlar a delação de Palocci, que se torna irrelevante com o acordão.

Como o plano não contempla todos os problemas dos golpistas, há dúvidas sobre como solucionar 
algumas questões-chave e sobre a mesa ainda há obstáculos a serem superados:
Oferta de anistia aos crimes de Caixa 2, com o que livrariam a pele, entre outros, de Moreira Franco, 
Eliseu Padilha e demais congressistas que fazem parte da “lista de Fachin”. Com isso os golpistas 
imaginam neutralizar o ex-presidente Lula e seus familiares, que seriam beneficiados pela medida.
Não há consenso a respeito do nome que seria eleito indiretamente com a saída de Temer. O mais 
cotado parece ser mesmo o ex-ministro Nelson Jobim. O lançamento informal pelos tucanos do 
nome do senador Tasso Jereissati teria sido apenas uma cortina de fumaça, um “boi de piranha” 
previamente acordado com o político cearense.
Ainda não se conseguiu solucionar o “problema Rodrigo Maia” e a fórmula legal para oferecer 
garantias a Temer após sua saída – seja ela indulto, perdão ou salvo-conduto.
Aparentemente não há objeções maiores ao acordão por parte das Forças Armadas – aí incluídos os 
oficiais da reserva, que não mandam mas fazem barulho.



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