sexta-feira, 5 de maio de 2017

EM MAIS UM DESPACHO RIDÍCULO, PAU MANDADO DA GLOBO QUEBRA SIGILO TELEFÔNICO DE PALOCCI NOS ÚLTIMOS 13 ANOS


Moro, por sua vez, invadiu de novo o terreno do ridículo, mandando estender a quebra de 
sigilo telefônico do mesmo Palocci até o inacreditável ano de 2003. É evidente que não se está 
investigando algo específico mas apenas bisbilhotando 13 anos passado da vida de uma pessoa 
para ver se vão encontrar algo que “dê um caldo”.  Os nossos cozinheiros jurídicos produzem o 
espetáculo estão assando a credibilidade do Judiciário. Resta saber quem vai virar o chef desta 
cozinha onde se faz picadinho da democracia.

Paraná 247 - O juiz federal Sérgio Moro determinou ampliação da quebra do sigilo telefônico do ex-
ministro Antonio Palocci por um período de quase 13 anos. Inicialmente, Moro havia autorizado a 
quebra do sigilo no período entre 1º de janeiro e 31 de dezembro de 2010. Com a mudança, porém, o 
período em análise engloba a data de 1º de janeiro de 2005 até o dia 5 de abril deste ano.
Com a decisão, Moro ampliou a investigação para o período em que Palocci ocupou os cargos de 
ministro da Fazenda no primeiro governo Lula e da Casa Civil, no governo da presidente deposta 
Dilma Rousseff. A decisão alcança as linhas telefônicas pessoais e comerciais de Palocci, que é dono 
de uma empresa de consultoria.
O ex-ministro foi preso em setembro do ano passado, durante a 35ª fase da Lava jato, batizada de 
Omertà. Palocci responde a duas ações penais pela suspeita de ter recebido R$ 75 milhões em 
propinas originárias de contratos de afretamento de sondas pela Petrobras e que teriam sido 
repassadas pela Odebrecht.
Uma destas negociações incluiria um terreno no valor de R$ 12,5 milhões para o Instituto Lula e um 
apartamento vizinho à residência do ex-presidente em São Bernardo do Campo (SP).
O Ministério Público justificou a ampliação do prazo de quebra do sigilo telefônico de Palocci 
alegando ter encontrado uma mensagem de texto referente ao agendamento de uma reunião entre 
Palocci e o ex-presidente da Odebrecht Marcelo Odebrecht em maio de 2015.
"Considerando a necessidade de identificar os contatos telefônicos do investigado no período dos 
fatos, acolho o pedido do Ministério Público Federal e decreto a quebra do sigilo telefônico de 
Antonio Palocci Filho, no período compreendido entre 1.º de janeiro de 2005 a 5 de abril de 2017", 
observou Moro em sua decisão. "Se for o caso, caberá à operadora disponibilizar somente os dados 
ainda armazenados", completou.
Para o advogado José Roberto Batochio, a decisão de Moro "não encontra respaldo no ordenamento 
jurídico, nem na racionalidade, uma quebra de sigilo de dados telefônicos ou telemáticos que regride 
ad infinitum.' "Dias virão em que se estenderá esse período até os bancos escolares do ensino 
elementar para que se saiba o que ocorreu com a borracha ou a caixa de lápis do infante escolar", 
ironizou Batochio.
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