terça-feira, 25 de abril de 2017

GREVE GERAL UNE CENTRAIS CONTRA REFORMAS DO GOLPISTA POSTIÇO


Nove centrais sindicais, que andavam distantes desde o impeachment de Dilma Rousseff, se 
reaproximaram devido à luta contra as reformas de Michel Temer; as lideranças se reuniram 
ontem para organizar uma paralisação geral, marcada pela sexta-feira, contra as duas 
propostas encampadas pelo governo; pilotos e comissários de bordo ameaçam reforçar a greve 
e poderão parar às vésperas do feriado de 1º de maio; os protestos terão a participação de 
parte do setor privado, como dezenas de escolas particulares, e em São Paulo os ônibus e trens 
do metrô devem ficar sem circular por 24 horas

As informações são de reportagem de Cristiane Agostine no Valor.

"Os protestos terão a participação de parte do setor privado, como dezenas de escolas particulares, e em São Paulo os ônibus e trens do metrô devem ficar sem circular por 24 horas.
A paralisação dos transportes na maior cidade do país é a principal aposta das centrais para intensificar a greve geral. O presidente do sindicato dos motoristas e trabalhadores em transporte rodoviário urbano de São Paulo, José Valdevan de Jesus Santos, o Noventa, afirmou que os ônibus não sairão das garagens na sexta-feira. O Sindicato dos Metroviários afirmou que os trens também ficarão fora de circulação por 24 horas. Na paralisação de 15 de março, contra as reformas trabalhista e previdenciária, os ônibus deixaram de circular entre meia-noite e 8h e o metrô parou por algumas horas da manhã. A reportagem não conseguiu contato com os sindicatos responsáveis pela CPTM.
Escolas particulares de São Paulo têm enviado comunicados aos pais avisando sobre a adesão à greve. Diretora do Sindicato dos Professores de São Paulo, Silvia Celeste Barbara afirmou que pelo menos 110 escolas vão parar. "Somos contra os fundamentos das duas reformas", disse. "Temos um processo bastante grave de mudança na legislação trabalhista. E se o governo quer fazer a reforma da Previdência, primeiro precisa fazer uma eleição presidencial. Esse governo não tem legitimidade", afirmou Silvia, diretora do sindicato que reúne 40 mil docentes da educação básica da rede privada e de 22 mil professores do ensino superior.
Os trabalhadores do porto de Santos vão parar as atividades. O Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e região afirmou que vai aderir à greve, assim como os sindicatos de metalúrgicos.
As manifestações devem ocorrer depois da votação da reforma trabalhista, prevista para terminar na quinta-feira na Câmara. Dirigentes sindicais, no entanto, afirmaram que o protesto servirá para pressionar o Congresso a alterar o texto, que seguirá para votação no Senado e deverá voltar para a Câmara.
O secretário-geral da CUT, Sérgio Nobre, disse que os protestos serão 'um recado para o governo e para o Congresso'."
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