A Pousada Literária, em Paraty, eleita “hospedagem oficial” da Flip
por : Joaquim de Carvalho
Esta reportagem foi financiada através de crowdfunding.
Enquanto tenta se livrar da Paraty House, enrolada na Justiça, a família Marinho vai se tornando dona da cidade. ”Eles compraram muita coisa”, diz o historiador Diuner Melo, que conhece o local como poucos.
No cartório de registro de imóveis, consta que Roberto Irineu Marinho comprou três sobrados do início do século XIX, um ao lado do outro, que ele transformou numa única residência depois de reformar.
Quando vai a Paraty, Roberto Irineu fica no imóvel, conforme contam os vizinhos. Juntos, os três sobrados são avaliados em pelo menos 30 milhões de reais.
José Roberto Marinho, presidente da Fundação Roberto Marinho e vice-presidente da Rede Globo, comprou duas fazendas, a Sobradinho e a Muricana, onde, no passado, havia um zoológico clandestino.
José Roberto também é sócio da Z House, a empresa que comprou a pousada que pertenceu à atriz Maria Della Costa, falecida em 2015.
Com a aquisição, ela passou a se chamar Pousada Literária, uma alusão à Feira Literária de Paraty (Flip), que a Globo tanto divulga. Foi escolhida a “hospedagem oficial do evento”.
Na Pousada Literária, a diária mais barata é 1.170 reais (“apartamento espaçoso”) e a mais cara, cobrada nos feriados, é 2.980 reais (Suíte Paraty, “exclusiva, ampla sala de estar e mezanino”). Os valores são acrescidos de uma taxa de serviços no valor de 10%.
O avanço da família sobre Paraty realiza um antigo desejo de Roberto Marinho. Segundo o tabelião da cidade, Roberto Marinho tentou investir em Paraty no passado, mas o prefeito da época não gostou e Roberto Marinho teria recuado.
Era um tempo em que a Globo tinha muita audiência, mais do que hoje, mas ainda havia políticos com disposição para não atender todos os seus desejos, principalmente no Rio de Janeiro.
Hoje, como mostra o caso da praia de Santa Rita, a lei parece não valer para eles e seus agregados. Não fosse assim, os processos, que já duram mais de sete anos teriam pelo menos o nome dos proprietários de verdade e não de laranjas.
Esta reportagem foi financiada através de crowdfunding.
Enquanto tenta se livrar da Paraty House, enrolada na Justiça, a família Marinho vai se tornando dona da cidade. ”Eles compraram muita coisa”, diz o historiador Diuner Melo, que conhece o local como poucos.
No cartório de registro de imóveis, consta que Roberto Irineu Marinho comprou três sobrados do início do século XIX, um ao lado do outro, que ele transformou numa única residência depois de reformar.
Quando vai a Paraty, Roberto Irineu fica no imóvel, conforme contam os vizinhos. Juntos, os três sobrados são avaliados em pelo menos 30 milhões de reais.
José Roberto Marinho, presidente da Fundação Roberto Marinho e vice-presidente da Rede Globo, comprou duas fazendas, a Sobradinho e a Muricana, onde, no passado, havia um zoológico clandestino.
José Roberto também é sócio da Z House, a empresa que comprou a pousada que pertenceu à atriz Maria Della Costa, falecida em 2015.
Com a aquisição, ela passou a se chamar Pousada Literária, uma alusão à Feira Literária de Paraty (Flip), que a Globo tanto divulga. Foi escolhida a “hospedagem oficial do evento”.
Na Pousada Literária, a diária mais barata é 1.170 reais (“apartamento espaçoso”) e a mais cara, cobrada nos feriados, é 2.980 reais (Suíte Paraty, “exclusiva, ampla sala de estar e mezanino”). Os valores são acrescidos de uma taxa de serviços no valor de 10%.
O avanço da família sobre Paraty realiza um antigo desejo de Roberto Marinho. Segundo o tabelião da cidade, Roberto Marinho tentou investir em Paraty no passado, mas o prefeito da época não gostou e Roberto Marinho teria recuado.
Era um tempo em que a Globo tinha muita audiência, mais do que hoje, mas ainda havia políticos com disposição para não atender todos os seus desejos, principalmente no Rio de Janeiro.
Hoje, como mostra o caso da praia de Santa Rita, a lei parece não valer para eles e seus agregados. Não fosse assim, os processos, que já duram mais de sete anos teriam pelo menos o nome dos proprietários de verdade e não de laranjas.
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