terça-feira, 21 de março de 2017

CARRASCO DE CURITIBA PASSA A DECIDIR QUEM É JORNALISTA NO BRASIL


Coxinha superpago de primeira vara determinou condução coercitiva de Eduardo Guimarães, 
do Blog da Cidadania

EDUARDO GUIMARÃES: NÃO EXISTE RAZÃO LÓGICA PARA ESSA CONDUÇÃO COERCITIVA

Liberado após ser levado forçadamente a depor na sede da Polícia Federal em São Paulo nesta manhã, o blogueiro Eduardo Guimarães contesta as razões do mandado de condução coercitiva e principalmente a apreensão de seu material de trabalho: o computador, seu celular e o de sua esposa; "Meus advogados não entendem a razão da condução coercitiva porque eu não me recusei a vir aqui depor. Não existe uma razão lógica para me trazer obrigado até aqui", afirmou; "Eu sou agora um blogueiro sem equipamento nenhum. Eu acredito que a apreensão do meu equipamento de trabalho viola sim a atividade jornalística. Porque eles vão vasculhar", alertou; Guimarães contesta ainda o argumento da Justiça de que ele não tem formação jornalística; "Isso é um equívoco, um desconhecimento da ordem legal do País", afirmou, lembrando que há 12 anos tem um site jornalístico.
As razões do mandado de condução coercitiva contra ele e principalmente a apreensão de seu material de trabalho: um computador, seu celular e o celular de sua esposa.
"Meus advogados não entendem a razão da condução coercitiva porque eu não me recusei a vir aqui depor. Não existe uma razão lógica para me trazer obrigado até aqui", argumentou. "Eu sou agora um blogueiro sem equipamento nenhum", declarou. "Eu acredito que a apreensão do meu equipamento de trabalho viola sim a atividade jornalística. Porque eles vão vasculhar", alertou.
Ele disse que a PF já sabia quem era a fonte que lhe vazou a condução coercitiva contra o ex-presidente Lula em março do ano passado - motivo para o mandado de hoje - e queria saber se ele tinha alguma relação com essa pessoa. "Eu declarei que não conheço essa pessoa, e que divulguei porque é meu trabalho jornalístico. O meu trabalho é divulgar", contou.
Guimarães contestou ainda o argumento do juiz Sergio Moro, que autorizou a ação da PF contra Guimarães, de que ele não tem formação jornalística. "Inclusive fiquei sabendo que o juiz Sergio Moro falou que eu não sou jornalista. Mas há 12 anos eu tenho um site jornalístico", respondeu.
"A decisão de confiscar meu equipamento cita que eu não seria jornalista, então eu não seria beneficiado pelo direito ao sigilo de fonte. Isso é um equívoco, um desconhecimento da ordem legal do País", argumentou, em referência à legislação brasileira que não exige formação específica para a atividade jornalística no País.
Guimarães informou ainda que é vítima de outra ação, de autoria da Associação de Juízes do Paraná, em que ele é acusado de ameaçar Moro pelas redes sociais. Ele nega ter feito isso, esclarecendo que suas mensagens no Twitter foram direcionadas ao seu leitor. "Isso é uma arbitrariedade, uma vergonha", afirmou sobre a ação da entidade.



por : Kiko Nogueira

Quem conta é o deputado federal Paulo Teixeira, do PT.
Ele participou de uma videoconferência com Sérgio Moro a partir de Brasília como testemunha de
Branislav Kontik, assistente de Palocci.
A alturas tantas, perguntou a Moro se ele havia determinado a condução coercitiva do blogueiro 
Eduardo Guimarães, do Blog da Cidadania.
O juiz confirmou.
Teixeira então falou que Guimarães tinha um blog e exerce o papel de informar seus seguidores.
A resposta absurda: “Mas ele não é jornalista”. Veja aqui:


Guimarães é advogado. A Constituição permite que ele possa exercer função jornalística. Pelos 
critérios de Moro, sejam eles quais forem, Tostão pode ir em cana.
A censura de que Guimarães está sendo vítima é fruto de uma vendeta.
Moro quer saber quem vazou para ele informações de que Lula seria detido. O nome de Eduardo 
chegou a ser citado numa das coletivas da Polícia Federal.
A causa verdadeira dessa violência é a intimidação pura e simples não só de Guimarães, mas de 
todos os que ousarem questionar Moro, seus homens e seus métodos.
Um magistrado de primeira instância determina quais vazamentos valem e quais não valem.
De tabela, decide que jornalista é quem está do seu lado. Os outros podem ser levados para a 
delegacia às 6h da manhã para dar explicações.
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