quarta-feira, 22 de março de 2017

CARNE FRACA: OS SHOWS DA PF RENDEM MILHÕES PARA A MÍDIA E NÃO PODEM PARAR


Agentes são orientados a fazer vídeos e fotos para “divulgação na imprensa”... A Globo tem o 
rabo preso na PF! 

Por : Kiko Nogueira

A Operação Carne Fraca da Polícia Federal foi recheada de informações pela metade, 
generalizações, acusações sem fundamento, sensacionalismo — mas foi excelente para a mídia, 
especialmente a Globo.
Segundo a coluna de Lauro Jardim, as TVs abertas lucram bastante com o escândalo.
“Somente entre sexta-feira e segunda-feira, JBS e BRF fizeram 48 inserções de anúncios 
institucionais nas redes de televisão”, diz.
A Globo tem cerca de 40% do share entre essas emissoras.
O ciclo é conhecido e virou moda com a Lava Jato: a polícia vaza a informação de que estará nas 
ruas, os repórteres noticiam nos plantões, a notícia explode, a cobertura apressada embarca em 
bobagens como o papelão, os agentes superstars aparecem numa coletiva ao vivo.
Ninguém esclarece nada. Mas, como a audiência está crescendo, dane-se. Isso não é prioridade.
A coisa é tão simbiótica que a Superintendência da PF no Paraná mandou recolher e fazer vídeos que 
pudessem ser “relevantes” — não para a investigação, mas para os “jornalistas”.
O Marcelo Auler publicou em seu blog o comunicado dos policiais enviado por WhatsApp. Estrago 
feito, entram as empresas com comerciais para dar explicações aos consumidores.
(Aliás, essa é a hora em que brilham os picaretas dos “gerentes de crise”).


Os agentes da PF no WhatsApp combinam o show

A JBS e BRF estão queimando os tubos para garantir que nunca venderam nada estragado e seus 
produtos são seguros.
As duas investiram juntas R$ 1,2 bilhão em publicidade no primeiro semestre de 2016, segundo a 
Exame. Estão aumentando o investimento agora.
O circo montado pela PF, portanto, é lucrativo demais para ser descartado. O estado policialesco em 
que nos meteram rende pixulecos e fama instantânea para todos os envolvidos. Enquanto for assim, 
os palhaços continuarão no picadeiro.
Bad news is good news.
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O jornal nacional (caixa baixa, revisor! Não toque!) dedicou, nessa terça-feira 21/II, quarenta 
minutos - uma eternidade na tevê! - à operação Carne Fraca, que a neolibelista Monica de Bolle 
chamou de "Operação Barata Voa"!
40 minutos e nem um segundinho ao importantíssimo pronunciamento da destemida senadora Katia 
Abreu no Senado: a Polícia Federal cometeu um crime de lesa-pátria.
Uma Polícia Federal irresponsável!
Por que a censura descarada à Senadora, ex-ministra da Agricultura?
- porque a Globo odeia a senadora Kátia Abreu, que foi uma das mais ardosas e competentes 
defensoras da Presidenta Dilma Rousseff, naquele Golpe dos canalhas, canalhas, canalhas, na 
acepção do Senador Requião e Lindbergh;
- porque a Globo agora joga o jogo de defender seus principais anunciantes - a BRF do Abilio Diniz 
e a Friboi, da Fátima Bernardes e do Joesley (um dia a casa dele vai cair!);
- porque a Globo vai defender o Governo do MT até receber no colo, de graça, a BrOi, na vã 
esperança de enfrentar a ATT&Time Warner;
- a Polícia Federal foi a sede da sedição do Golpe contra a honesta Presidenta deposta e o Golpe não 
existiria não fosse a Globo;
- por fim, a Globo censurou a senadora Kátia Abreu porque a Globo morre de medo da Polícia 
Federal.
Se a Polícia Federal fosse republicana, como nos tempos do dr. Paulo Lacerda, os filhos do Roberto 
Marinho estavam na mesma lista do Paulo Maluf...
Depois da ligação com a Mossack Fonseca, em Paraty.
Depois do escândalo da FIFA e a "compra" dos direitos da Copa para o Brasil, com a inestimável 
colaboração do João Havelange, Ricardo Teixeira, José Maria Marin, Marco Polo del Nero, J. 
Hawilla e o inolvidável Marcelo Campos Pinto...
(Sobre a rumorosa matéria, ver a importante entrevista do Azenha à TV Afiada.)
Depois da fundação da Globo Overseas Investment BV num paraíso fiscal...
Depois de tudo isso, se o Dr. Paulo Lacerda ainda estivesse no comando da PF, que ficou aecista com 
o zé da Justiça, os filhos do Roberto Marinho estavam numa cela comum.
Eles não dispõem de título universitário!

PHA
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