O impeachment da presidente Dilma Rousseff foi a forma encontrada por políticos acusados de
corrupção de obstruir a Operação Lava Jato; quem diz isso é o procurador-geral da
República, Rodrigo Janot, que cita a "solução Michel", no inquérito em que pede investigação
contra Romero Jucá, Sergio Machado, Renan Calheiros e José Sarney; de acordo com o
procurador, o ‘plano’ elaborado pelo que chamou de ‘quadrilha’ foi colocado em prática logo
após Temer assumir interinamente a presidência, em maio de 2016; de fato, a estratégia segue
a pleno vapor e o lance mais recente foi a indicação de Alexandre de Moraes para o STF; em
novo trecho da conversa entre Jucá e Sérgio Machado, o senador admitiu encontro e apoio de
nomes do PSDB para o "grande pacto nacional" de obstruir a Justiça e aceitar o impeachment
de Dilma Rousseff.
247 – O impeachment da presidente Dilma Rousseff foi a forma encontrada por políticos acusados
de corrupção de obstruir a Operação Lava Jato.
Quem diz isso é o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, que cita a "solução Michel", no
inquérito em que pede investigação contra Romero Jucá, Sergio Machado, Renan Calheiros e José
Sarney.
Abaixo, um trecho da reportagem do blog de Fausto Macedo:
No pedido de instauração de inquérito contra o ex-presidente José Sarney (PMDB/AP), os senadores
Abaixo, um trecho da reportagem do blog de Fausto Macedo:
No pedido de instauração de inquérito contra o ex-presidente José Sarney (PMDB/AP), os senadores
Renan Calheiros (PMDB/AL) e Romero Jucá (PMDB/RR) e o ex-diretor da Transpetro Sérgio
Machado por obstrução à Lava Jato, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, cita a “solução
Michel” – suposto ‘acordão’ entre os peemedebistas para alçar Michel Temer à Presidência da
República, a partir do impeachment da então presidente Dilma Rousseff, com o objetivo de estancar
as investigações sobre esquema de propinas instalado na Petrobrás.
De acordo com o procurador, o ‘plano’ elaborado pelo que chamou de ‘quadrilha’ foi colocado em
De acordo com o procurador, o ‘plano’ elaborado pelo que chamou de ‘quadrilha’ foi colocado em
prática logo após Temer assumir interinamente a presidência, em maio de 2016.
Janot não atribui em nenhuma passagem de seu pedido envolvimento de Temer com o grupo de
Janot não atribui em nenhuma passagem de seu pedido envolvimento de Temer com o grupo de
peemedebistas na trama para barrar a Lava Jato. Mas é taxativo. “Mais de uma vez nas conversas
gravadas o senador Romero Jucá evidencia que o timing para a implementação do grande acordo de
estancamento da Operação Lava Jato ficaria especialmente favorecido com o início do governo de
Michel Temer.”
O procurador-geral da República cita, no pedido, a “solução Michel”, em referência a uma conversa
O procurador-geral da República cita, no pedido, a “solução Michel”, em referência a uma conversa
gravada do senador Romero Jucá (PMDB-RR) com o ex-presidente da Transpetro. No diálogo, que
consta do acordo de colaboração premiada de Sérgio Machado, os dois falam em um ‘grande acordo
nacional’ para ‘parar tudo’ e ‘delimitar’ a Lava Jato.
O que não vazou dos grampos de Machado: acordão entre PSDB e PMDB
Reportagem de Patrícia Faerman, no Jornal GGN, mostra trecho da conversa entre Romero Jucá e
O que não vazou dos grampos de Machado: acordão entre PSDB e PMDB
Reportagem de Patrícia Faerman, no Jornal GGN, mostra trecho da conversa entre Romero Jucá e
Sérgio Machado que não foi divulgado pela imprensa. O senador Romero Jucá (PMDB-RR) admitiu
encontro e apoio de nomes do PSDB para o "grande pacto nacional" de obstruir a Justiça e aceitar o
impeachment de Dilma Rousseff.
Leia trecho:
A gravação das conversas do ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado, e caciques do PMDB,
Leia trecho:
A gravação das conversas do ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado, e caciques do PMDB,
em maio do ano passado, paralisou o mundo político no ápice do impeachment da então
presidente Dilma Rousseff. Entre os áudios de Machado com José Sarney (AP), Renan Calheiros
(AL) e Romero Jucá (RR), alguns não foram vazados: os que incriminam diretamente Aécio
Neves (PSDB-MG), José Serra (PSDB), Tasso Jereissati (PSDB), Aloysio Nunes (PSDB-SP),
Cássio Cunha Lima (PSDB–PB) e Ricardo Ferraço (PSDB-ES).
O jornal que teve acesso aos áudios, a Folha de S. Paulo, divulgou outros trechos dos áudios e
transcrições. O conteúdo polêmico, que dava conta de um "grande pacto nacional" entre
membros do PMDB, articulando para "estancar a sangria" e obstruir a Operação Lava Jato,
envolvendo ainda nomes do Judiciário, foi suficiente para alimentar as manchetes dos meses
seguintes.
Até o momento, o nome do PSDB aparecia como o partido "interessado" na paralisação das
investigações, indicando inclusive esquemas de campanha de Aécio Neves que contaram com
caixa dois para o financiamento. Entretanto, não apontava nomes dos políticos que articularam,
juntamente com Renan, Jucá, Sarney e Machado, na obstrução da Justiça, culminando no
impeachment.
No mesmo arquivo entregue por Sérgio Machado aos investigadores e que vazou à imprensa há
No mesmo arquivo entregue por Sérgio Machado aos investigadores e que vazou à imprensa há
um trecho de conversa entre Jucá e o ex-presidente da Transpetro narrando um encontro, já
então ocorrido, entre políticos do PSDB e do PMDB para apoiar a obstrução da Lava Jato.
O diálogo inicia com Romero Jucá informando que conversou com o ex-presidente Luiz Inácio
Lula da Silva, antes de o Senado aceitar o impeachment. Lula intermediava junto a parlamentares
do PMDB para que a sigla não rompesse com o partido, o PT, diante da crise política vivida pelo
governo de Dilma Rousseff.
"A gente conversou um pouco com Lula sozinho, o Lula tentando uma saída [para a crise
"A gente conversou um pouco com Lula sozinho, o Lula tentando uma saída [para a crise
política]. Como é que sai, e como é que sai, porra, duma porra dessa? O governo nessa situação.
O que a gente [PMDB] fez foi: nós não vamos romper [com o PT] no sábado, conseguimos
segurar pra fazer o negócio sobreviver em unidade do partido", disse.
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