sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017

A SANTA PR(E)OVIDÊNCIA...



Brasília – Depois de muita confusão, a comissão especial mista que vai apreciar a proposta de
Emenda à Constituição (PEC) 287, referente à reforma da Previdência, foi instalada hoje (9) e, 
poucos minutos depois, já deu início aos trabalhos. Os deputados contestaram a forma de indicação 
do presidente da comissão, questionaram a isenção do relator e a quebra do regimento interno com 
manobras dos governistas para manter o controle do colegiado. Muitos recursos foram apresentados 
e ficaram de ser avaliados. 
O deputado Carlos Marun (PMDB-MS) teve 22 votos e presidirá a comissão. Disputaram o cargo 
com ele Pepe Vargas (PT-RS), que recebeu oito votos, e Major Olímpio (SD-SP), com quatro. A 
oposição questionou o fato de Marun ter sido indicado pelo presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-
RJ), sem que fossem levadas em conta questões como a proporcionalidade de cada bancada.
Marun é conhecido pela defesa de posturas conservadoras na Casa, por ser ligado ao deputado 
cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e por ter apoiado o impeachment da ex-presidenta Dilma 
Rousseff.
O relator da PEC é Arthur Maia (PPS-BA). O deputado foi alvo de recurso apresentado pela bancada 
do Psol, de autoria do deputado Ivan Valente (SP), que questionou a sua isenção para relatar uma 
matéria sobre o tema, por ter recebido financiamento de campanha de empresas e bancos 
relacionados ao setor de previdência privada. “O que faz com que, declaradamente, ele não tenha 
condições de ocupar a relatoria, já que estas empresas possuem interesse na mudança das regras 
previdenciárias.”

Os bancos serão os grandes beneficiados com o fim da previdência pública, porque aumentam a sua
fatia no mercado e abocanham mais clientes para os seus lucrativos planos privados.
Ninguém melhor do que um deputado financiado pelos bancos, para ser o relator da Pec 287/2016.
Arthur Maia é o homem de confiança de Temer e dos bancos.
Abaixo, alguns dos financiadores da campanha eleitoral de Arthur Maia, para comprovar o quão
independente é o nobre deputado.

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