sábado, 24 de dezembro de 2016

Operação Vira Lata: Acordo garante fiscal dos EUA durante 3 anos na Odebrecht e Braskem



No Blog do Rovai 

O procurador Deltan Dallagnol, coordenador da Operação Lava Jato, comemorou o acordo de 
leniência firmado pela Odebrecht e pela Braskem com o Ministério Público Federal, que incluiu uma 
multa de R$ 8,5 bilhões, dizendo que é possível melhorar o país a despeito do “complexo de vira-
lata” de alguns de nós que achamos que “o Brasil não tem jeito”.
Ontem o ex-ministro da Justiça da presidente Dilma Rousseff, Eugênio Aragão, contestou no que 
chamou de uma “cartinha aberta” ao procurador, dizendo:
“E o que vocês conseguiram de útil neste País para acharem que podem inaugurar um ‘outro Brasil’, 
que seja, quiçá, melhor do que o vivíamos? Vocês conseguiram agradar ao irmão do norte que 
faturará bilhões de nossa combalida economia e conseguiram tirar do mercado global altamente 
competitivo da construção civil de grandes obras de infraestrutura as empresas nacionais”.
A prova inconteste de que Aragão tinha razão surge hoje em reportagem do sempre suspeito O 
Globo.
Para celebrar acordo de leniência a Odebrecht e a Braskem tiveram que aceitar exigências das 
autoridades dos Estados Unidos, entre elas a de vigilância externa por três anos para poderem operar.
As empresas terão um fiscal escolhido pelas autoridades desses países que terá acesso a todos os 
dados, documentos, e atividades de funcionários e até diretores das empresas.
O monitoramento foi uma das exigências feitas às empresas pelo do Departamento de Justiça 
americano (DoJ).
Em caso de qualquer irregularidade identificadas pelo fiscal, as empresas estão sujeitas ao 
rompimento do acordo e a serem processadas na Justiça americana.
Nessa hipótese, segundo o sempre suspeito O Globo, as companhias ficariam sujeitas ao pagamento 
de multas pelo menos 10 vezes maiores do que já foram acertadas.
Evidente que o tal fiscal só estará ali para verificar se as empresas são corruptas. Ele não fornecerá 
outras informações de projetos estratégicos aos americanos e a quem mais o Departamento de Justiça 
de lá achar conveniente.
E é óbvio que ao quebrar o mundo, em 2008, no maior esquema de corrupção da história, que ficou 
conhecido como “crise do subprime”, os EUA permitiram ao Brasil e a outros países que passassem 
a fiscalizar o seu sistema financeiro. Claro, claro, claríssimo….
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