segunda-feira, 26 de dezembro de 2016

Expectativas da indústria e das finanças para 2017 caem outra vez



Os dois indicadores econômicos de hoje, nesta montanha de números em que transformam a 
economia – não obstante, para mim, o mais sensível tenha sido não ver, na pracinha aqui da frente – 
crianças com suas novas bicicletas e brinquedos ganhos na noite de natal – seguem a mesma linha 
óbvia que só Michel Temer, na TV, não reconhece: a queda das expectativas econômicas segue 
caindo.
O Boletim Focus, onde o mundo das finanças diz o que vai acontecer no país, mostra nova derrubada 
nas esperanças de crescimento do PIB, projetando expansão de 0,5% em lugar dos 0,58% da semana 
passada.

Variação ligeira? Considere que, há dois meses, em outubro, o crescimento previsto era de 1,3%.
Os números definitivos da Sondagem Industrial da Fundação Getúlio Vargas, por sua vez, 
confirmaram o que já se antecipava: não apenas caiu a confiança – presente e futura dos industriais 
como se confirmou um índice recorde de ociosidade do setor: quase 30%.
O que torna qualquer espasmo de consumo que possa ocorrer algo que tem reflexo zero no 
crescimento do nível de emprego ou de investimento.
O “trimestre da virada”, onde viria a prometida “retomada da economia” vai se encerrando de forma 
melancólica. A promessa, agora, é o terceiro ou quarto semestre de 2017.
A esperança é a última que morre. As pessoas morrem primeiro.
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