sábado, 19 de novembro de 2016

Trump nomeia deputado ultraconservador que pediu execução de Snowden como diretor da CIA


Membro do Tea Party, conservador Mike Pompeo será o próximo diretor da CIA; 
Conservadores Jeff Sessions e Michael Flynn foram indicados para os cargos de procurador-
geral e assessor de Segurança Nacional 

O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, confirmou em um comunicado divulgado 
nesta sexta-feira (18/11) a nomeação do congressista Mike Pompeo, membro do movimento 
ultraconservador Tea Party, como o novo diretor da CIA (Agência de Inteligência Central). O nome 
dele ainda precisa ser confirmado pelo Senado, que terá maioria republicana.
Em 2013, Pompeo foi criticado pelas declarações que deu após os atentados da maratona de Boston, 
quando disse que líderes muçulmanos que não condenavam o terrorismo eram “cúmplices em 
potencial” de ataques terroristas.
O novo chefe da CIA também defendeu a execução de Edward Snowden em entrevista ao canal C-
Span em fevereiro, na qual disse que "[Snowden] deveria ser trazido da Rússia e ser processado". 
"Acho que um resultado apropriado seria que ele fosse condenado à morte por ter posto amigos meus 
e seus, que serviram no exército, em um risco enorme, por causa das informações que ele roubou e 
liberou a potências estrangeiras", disse.
O republicano, ex-oficial do Exército, formado em Direito em Harvard, foi eleito para o Congresso 
pela primeira vez em 2010, como parte do movimento ultraconservador Tea Party.
O futuro diretor da CIA também se opôs ao fechamento da base militar de Guantánamo e é contra o 
acordo nuclear com o Irã, que considera “o maior país patrocinador do terrorismo”, segundo 
divulgou nas redes sociais nesta quinta-feira, antes da sua nomeação se tornar pública.

"Estou ansioso para reverter esse acordo desastroso com o país que mais patrocina o terrorismo", 
disse Pompeo no Twitter
Apesar de ter apoiado o candidato Marco Rubio nas primárias, Pompeo disse que “apoiaria o 
candidato do Partido Republicano porque Hillary Clinton não pode ser presidente dos Estados 
Unidos”. Após a nomeação, o congressista se disse "honrado com a oportunidade de servir e 
trabalhar junto ao presidente eleito Donald Trump para manter os EUA seguros". "Quero trabalhar 
com os guerreiros da inteligência dos EUA, que tanto fazem para proteger os americanos a cada dia", 
destacou. 
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