segunda-feira, 14 de novembro de 2016

COMEÇA A CAIR A FICHA: O GOLPE QUEBROU O BRASIL


Vendido ao público como a condição necessária para a volta da confiança, o golpe parlamentar 
de 2016, que começou a ser construído um dia depois da vitória da presidente Dilma Rousseff 
em 2014, colocou o Brasil num lamaçal político e econômico para o qual ainda não se 
encontrou uma saída; com Michel Temer e Henrique Meirelles, o rombo fiscal explodiu, a 
arrecadação desabou e as vendas do comércio e da indústria foram ao fundo do poço; 
autodestruição brasileira já ganha até a manchete do Valor Econômico, da Globo, que foi peça 
central do golpe

247 – O golpe parlamentar contra Dilma Rousseff colocou o Brasil num lamaçal político e 
econômico para o qual ainda não se encontrou uma saída.
Com Michel Temer na presidência da República e Henrique Meirelles no Ministério da Fazenda, o 
rombo fiscal explodiu, a arrecadação desabou e as vendas do comércio e da indústria foram ao fundo 
do poço.
A autodestruição brasileira ganhou nesta segunda-feira 14 até a manchete do jornal Valor 
Econômico, da Globo, que foi peça central do golpe.
Dados negativos
Apesar de Temer falar insistentemente em retomada da economia, o que se vê, na verdade, é a 
divulgação de índices cada vez piores. Analistas já descartam recuperação do crescimento do PIB 
esse ano e a recuperação a partir de 2017 também vem sendo reduzida.
Para 2016, as projeções para o PIB, que anteviam uma recessão de 3%, agora se situam em 3,5%. 
Para o próximo ano, as estimativas indicavam um crescimento de até 2%, mas agora estão mais 
próximas de 1%.
A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) já prevê que o varejo 
brasileiro deve apresentar em 2016 um dos piores resultados históricos, com queda de 6%, depois 
que as vendas do comércio registraram o pior setembro em 12 anos.
A indústria brasileira também manteve contração em outubro, com redução nos níveis de produção e 
emprego, de acordo com a pesquisa Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês). E a 
produção industrial já acumula queda de 7,8% no ano.
Michel Temer, no entanto, apresenta projeções otimistas, que segundo ele serão decorrentes das 
medidas de austeridade que vem praticando – apesar de gastos em outros setores, apontando uma 
contradição.
Quando completou 180 dias no poder, ele pediu aos brasileiros mais oito meses de paciência, 
admitindo que "a retomada do emprego é algo que demora" e ainda que "nossa esperança é que no 
segundo semestre de 2017 o PIB não seja negativo".
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