Governistas blindam Geddel e impedem convocação. Reunião extraordinária da Comissão de
Fiscalização Financeira e Controle, presidida pelo deputado Leo de Brito (PT-AC), votou nesta
quarta-feira 23 dois requerimentos do deputado Jorge Solla (PT/BA) em que ele pedia a
convocação do ministro Geddel Vieira Lima (Secretaria de Governo), acusado de cometer
tráfico de influência, mas que mesmo assim foi mantido no cargo por Michel Temer, e convite
ao ex-ministro Marcelo Calero, autor da denúncia; os dois foram rejeitados; parlamentares
governistas, que normalmente não dão quórum à comissão, compareceram em peso para
blindar Geddel e impedir sua convocação; requerimento de Geddel foi rejeitado por 17 votos a
3, com protesto dos petistas
Brasília 247 - O requerimento que pedia a convocação do ministro Geddel Vieira Lima (Secretaria de
Brasília 247 - O requerimento que pedia a convocação do ministro Geddel Vieira Lima (Secretaria de
Governo), acusado de cometer tráfico de influência ao pressionar o ex-ministro Marcelo Calero
(Cultura) para intervir pela liberação de uma obra embargada em Salvador, onde tem um
apartamento, foi rejeitado em reunião extraordinária da Comissão de Fiscalização Financeira e
Controle da Câmara.
A votação do requerimento apresentado pelo deputado Jorge Solla (PT/BA) ocorreu nesta quarta-
A votação do requerimento apresentado pelo deputado Jorge Solla (PT/BA) ocorreu nesta quarta-
feira 23 e terminou com derrota em peso contra os petistas: 17 votos contra e apenas três a favor da
convocação, uma blindagem escancarada a Geddel, que ontem já recebeu um manifesto de apoio
assinado por todos os líderes da base aliada de Michel Temer na Câmara.
Um segundo requerimento de Solla fazia um convite para que Marcelo Calero esclarecesse as
denúncias, mas também foi rejeitado. "A gente já sabe que vocês, golpistas, não permitem que
ministros sejam questionados, mas quem sabe vocês abrem a possibilidade de aprovarem o convite
de um ex-ministro", disse Solla, antes da votação do requerimento de Calero.
Parlamentares governistas, que normalmente não dão quórum à Comissão de Fiscalização e
Controle, presidida por Leo de Brito (PT/AC), compareceram em peso nesta quarta para livrar
Geddel da convocação. Apesar de o próprio ministro admitir ter interferido para tentar liberar a obra
de Salvador, e ser alvo de um processo na Comissão de Ética Pública da Presidência, Temer decidiu
manter Geddel no cargo.
Os deputados do PT protestaram na comissão contra a blindagem à convocação com cartazes
pedindo a saída de Geddel. "Geddel inimigo do patrimônio histórico", dizia o cartaz do deputado
Paulo Pimenta (PT/RS). Outro requerimento para ouvir Geddel, Calero e outros envolvidos no
escândalo foi apresentado pelo deputado Chico D'Angelo (PT-RJ) na Comissão de Cultura.
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