Líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) e da Frente Povo Sem Medo,
Guilherme Boulos disse que a derrota dos partidos tradicionais de esquerda nas eleições
municipais coloca os movimentos sociais na posição de assumir o protagonismo político contra
o avanço de partidos de centro-direita, como PSDB e PMDB, e suas agendas conservadoras;
"Em um momento de crise da esquerda como este, os movimentos sociais passam, sim, a ter
este papel mais político de resistir a esta ofensiva política bruta conservadora", disse ao 247;
segundo ele, "também compete aos movimentos sociais retomarem o trabalho de base, algo que
a esquerda perdeu nos últimos anos"
Por Paulo Emílio, 247 - O líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) e da Frente
Por Paulo Emílio, 247 - O líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) e da Frente
Povo Sem Medo, Guilherme Boulos, disse em entrevista ao 247 que a derrota dos partidos
tradicionais de esquerda nas eleições municipais coloca os movimentos sociais na posição de
assumir o protagonismo político contra o avanço representado por partidos de centro-direita como o
PSDB e o PMDB e suas agendas conservadoras.
"Os movimentos sociais continuarão com suas pautas e demandas, que agregam o povo em torno das
suas lutas. Mas em um momento de crise da esquerda como este, os movimentos sociais passam sim
a ter este papel mais político de resistir a esta ofensiva política bruta conservadora", declarou.
Segundo ele, os movimentos sociais agora passam a ter a função de "unificar a parcela da população
Segundo ele, os movimentos sociais agora passam a ter a função de "unificar a parcela da população
que ainda não conseguiu se organizar e reconstruir a esquerda". "A forma como isso se dará vem dos
ataques do próprio governo Michel Temer neste sentido, como a PEC 241 [que limita os gastos do
governo por 20 anos, com destaque para a área de saúde e educação], que significa rasgar a
Constituição e desorganizar a rede de assistência e proteção social conquistada nos últimos anos",
afirma.
Boulos também observa que, com o final das eleições e a gradativa implantação do programa de
Boulos também observa que, com o final das eleições e a gradativa implantação do programa de
Michel Temer, que prevê medidas que implicarão na perda de uma série de conquistas sociais,
previdenciárias e trabalhistas, a população deverá se unir contra o governo. "As pessoas que viram o
golpe como algo meio distante, como uma briga entre político, agora devem se juntar. E os
movimentos sociais deve exercer este papel", destaca.
Ele avalia também que os movimentos sociais já trabalham de forma unificada contra o que ele
Ele avalia também que os movimentos sociais já trabalham de forma unificada contra o que ele
chama de "programas do golpe Michel Temer". "A Frente Povo Sem Medo e Brasil Popular já
agregam a maior parte dos movimentos sociais que são contrários ao golpe a esta onda conservadora.
Neste sentido, também compete aos movimentos sociais retomarem o trabalho de base, algo que a
esquerda perdeu nos últimos anos", acredita.
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