Jornal GGN - Depois de criar o slogan "Bora Temer" para rebater "positivamente" o "Fora Temer", governistas agora lançam uma campanha que mais parece uma das estrofes cantadas em passeatas contra a chegada de Michel Temer e aliados ao poder em função do impeachment de Dilma Rousseff. A resposta aos indigestos com o atual governo será "Fora ladrão".
Segundo informações da colunista Mônica Bergamo, nesta quinta (8), o criador dessa campanha é o publicitário Elsinho Mouco, do PMDB. Ele afirma que não há "vacina melhor contra os desaforos da oposição".
De acordo com Mouco, "criamos apenas uma resposta porque campanha negativa não leva a nada, o importante é o 'Bora crescer'", disse, em referência ao "Bora Temer".
O governista ainda demonstrou que houve "cuidado de não direcionar a campanha contra Dilma". Para ele, "Quem grita hoje não são os dilmistas, são os que estão perdendo a boquinha e os convertidos do PT", afirma.
PROVOCAÇÕES
A campanha corre o risco de entrar para a lista de respostas erradas que o governo Temer tem dado aos protestos contra o golpe do impeachment e a retirada de direitos sociais. Há ainda uma vertente defendendo nas ruas Diretas Já com apoio massivo, como se registrou na manifestação que ocorreu em 4 de setembro, na Paulista, com estimativas entre 150 mil a 300 mil participantes.
O governo teve de reconhecer que errou ao minimizar os protestos, afirmando que seriam obras de "40 pessoas" ou de vândalos. O ministro José Serra (PSDB) chegou a dizer que os atos não eram "democráticos" por causa das "badernas" registradas.
A mesma atitude adotou o ministro Geddel Vieira Lima em relação às vaias contra Temer no desfilo de 7 de setembro. "Que vaias?", perguntou, segundo informações da Folha. Pelo esquema de segurança montado, o presidente deveria ter sido poupado de constrangimentos. Foi o que tentaram evitar, também, na abertura da Paralimpíada - sem sucesso.
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