sexta-feira, 2 de setembro de 2016

LULA CONSTRÓI FRENTE AMPLA CONTRA TEMER E NÂO DESCARTA CIRO EM 2018


Jornal GGN - O ex-presidente Lula já constrói uma frente ampla de esquerda para fazer oposição ao governo Temer e preparar o terreno para a retomada do Planalto em 2018. Segundo informações da Folha, o petista já conversou com o PDT e PCdoB sobre a aliança suprapartidária com forças progressistas em torno de um programa de governo em que não haja um partido central com satélites. A ideia é dividir o protagonismo que o PT vinha acumulando até a queda de Dilma Rousseff. A referência é a frente de esquerda uruguaia.
Segundo o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, Lula - que acumula investigações na Lava Jato e nos casos do sítio de Atibaia e triplex no Guarujá - teria dito que não descarta, inclusive, apoiar um nome fora do PT para a próxima eleição presidencial. O pedetista disse que para Lula, o ex-ministro Ciro Gomes é o mais "preparado", mas o problema é o seu "temperamento".
Ciro não tem poupado Lula de ataques públicos em meio à crise do governo Dilma. Preterido pelo ex-presidente em outras eleições, Ciro costuma repetir que Lula tem a "moral frouxa" pois teria convivido bem com a corrupção sob seu nariz enquanto presidente. Não foi o que acredita que aconteceu com Dilma.
Ciro teria, segundo a reportagem de Folha, conversado com outro petista entusiasta da frente ampla de esquerda, Tarso Genro. Este sinalizou que a frente deve contar com os movimentos sociais e de base, além de intelectuais e artistas progressistas. Genro também destacou que Ciro e Lula não são os únicos nomes no páreo. Fernando Haddad (PT), atual prefeito de São Paulo, é outra liderança a ser trabalhada para uma futura disputa pelo Palácio do Planalto.
O DESTINO DE DILMA
Em seu discruso de despedida após a condenação no processo de impeachment, Dilma Rousseff assegurou que o governo Temer sofrerá a mais forte resistência e oposição que um "governo golpista" merece. Vestida de vermelho, mas sem Lula ao seu lado, a presidente destituída prometeu que as forças progressistas e democráticas não foram derrotadas. "Nós voltaremos", pontuou.
Desde então, há especulações sobre o destino de Dilma. Em hangou no dia do impeachment, Luis Nassif avaliou que a petista saiu grande do processo e manteve seu cacife político dentro do PT e junto à militância, principalmente a feminina, por conta de sua resistência e a defesa que fez da democracia. 
Com os direitos políticos mantidos, há burburinhos de que Dilma deve tentar concorrer ao Senado pelo Rio Grande do Sul ou, como escreveu Andrei Meireles em Os Divergentes, nesta sexta (2), assumir um cargo no governo da Bahia - uma iniciativa que, segundo o jornalista, a livraria das mãos de Sergio Moro na Lava Jato.
A imprensa também veiculou que Dilma deve, no primeiro momento, sair do Alvorada e ir morar no Rio de Janeiro.

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