quarta-feira, 24 de agosto de 2016

TERREMOTO PROVOCA DESTRUIÇÃO E DEIXA AO MENOS 73 MORTOS NA ITÁLIA


Um terremoto devastador destruiu uma série de cidades montanhosas no centro da Itália nesta 
quarta-feira, deixando pelo menos 73 mortos, além de moradores presos sob pilhas de 
escombros e milhares de pessoas desabrigadas; tremor ocorreu nas primeiras horas da manhã, 
quando a maioria dos moradores dormia, derrubando casas e destruindo ruas a cerca de 140 
quilômetros a leste de Roma

ACCUMOLI, Itália (Reuters) - Um terremoto devastador destruiu uma série de cidades montanhosas 
no centro da Itália nesta quarta-feira, deixando pelo menos 73 mortos, além de moradores presos sob 
pilhas de escombros e milhares de pessoas desabrigadas.
O tremor ocorreu nas primeiras horas da manhã, quando a maioria dos moradores dormia, 
derrubando casas e destruindo ruas em um conjunto de pequenas cidades italianas cerca de 140 
quilômetros a leste de Roma.
Uma família de quatro pessoas, incluindo dois meninos de 8 meses e 9 anos, foi soterrada quando 
sua casa desmoronou em Accumoli.
Enquanto os socorristas levavam o corpo da criança de colo, cuidadosamente coberta sob uma 
manta, sua avó culpava Deus aos prantos: "Ele levou todos de uma vez".
O Exército foi mobilizado para ajudar com equipamentos pesados especiais e o Tesouro italiano 
liberou 235 milhões de euros de fundos emergenciais. No Vaticano, o papa Francisco cancelou parte 
de sua audiência-geral para rezar pelas vítimas.
Fotos aéreas mostraram áreas inteiras de Amatrice, que no ano passado foi eleita uma das cidades 
históricas mais belas da Itália, arrasada pelo tremor de magnitude 6,2.
"São todas pessoas jovens aqui, estamos nas férias, era para o festival da cidade ser realizado depois 
de amanhã, então muitas pessoas vieram por causa disso", disse Giancarlo, morador da localidade, 
sentando na rua só de cuecas.
O terremoto aconteceu em pleno verão local, quando a área, que normalmente é pouco povoada, 
recebe grande quantidade de turistas.
O prefeito de Accumoli, Stefano Petrucci, disse que cerca de 2.500 pessoas perderam suas casas na 
cidade, composta de 17 aldeias.
Moradores que perceberam gemidos abafados por toneladas de tijolos e concreto reviraram os 
destroços com as próprias mãos antes de os serviços de emergência chegarem com equipamentos de 
remoção de terra e cães farejadores. Rachaduras enormes pareciam feridas abertas nos edifícios 
ainda de pé.
O Departamento de Defesa Civil informou que alguns sobreviventes serão levados para outros locais 
do centro do país, e outros ficarão abrigados em tendas que estão sendo enviadas para a área.
O primeiro-ministro italiano, Matteo Renzi, disse que irá visitar a região do desastre ainda nesta 
quarta-feira: "Ninguém será deixado sozinho, nenhuma família, nenhuma comunidade, nenhum 
bairro. Precisamos colocar mãos à obra... para restabelecer a esperança nesta área que foi atingida 
com tanta dureza", afirmou em um breve discurso na televisão.
A porta-voz do Departamento de Defesa Civil, Immacolata Postiglione, disse que há mortos em 
Amatrice, Accumoli e outros vilarejos, como Pescara del Tronto e Arquata del Tronto. O 
departamento colocou o saldo de mortos em 73 pessoas.
O sismo causou danos em três regiões, Umbria, Lazio e Marche, e foi sentido até na distante 
Nápoles, cidade portuária no sul italiano.
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