Para evitar que os manifestantes fizessem vigília e mantivessem a Avenida Paulista fechada,
policiais utilizaram bombas de efeito moral, gás de pimenta e caminhões de água para
dispersar os manifestantes que protestavam ontem (29) em São Paulo contra o impeachment
da presidenta afastada Dilma Roussef; os organizadores, no início do ato, falaram na presença
de 2 mil pessoas
Elaine Patricia Cruz – Repórter da Agência Brasil
Para evitar que os manifestantes fizessem vigília e mantivessem a Avenida Paulista fechada, policiais
Para evitar que os manifestantes fizessem vigília e mantivessem a Avenida Paulista fechada, policiais
utilizaram bombas de efeito moral, gás de pimenta e caminhões de água para dispersar os
manifestantes que protestavam ontem (29) em São Paulo contra o impeachment da presidenta
afastada Dilma Rousseff. Pelo menos uma pessoa foi detida durante o ato, mas a Polícia Militar não
confirmou a informação oficialmente e também não divulgou o número de manifestantes. Os
organizadores, no início do ato, falaram na presença de 2 mil pessoas.
Após os jatos de água e as bombas, os manifestantes, que estavam concentrados em frente ao Museu
de Arte de São Paulo (Masp), se dispersaram pela região. Parte deles seguiu pela Rua da Consolação
em direção à Praça Roosevelt, no centro da cidade, e foram seguidos pela Tropa de Choque com
bombas. Os manifestantes, por sua vez, jogavam lixeiras pelas ruas e as incendiavam, enquanto
seguiam pelo local.
Enquanto isso, um grande número de policiais e de caminhões da Tropa de Choque permaneciam
Enquanto isso, um grande número de policiais e de caminhões da Tropa de Choque permaneciam
pela Avenida Paulista, concentrados principalmente próximo à Praça do Ciclista, para evitar que os
manifestantes voltassem para a região. A avenida só voltou a ser liberada por volta das 21h. Pouco
depois disso, os caminhões da Tropa de Choque saíram da Paulista, mas por volta das 22h, ainda
haviam policiais pela região.
O protesto
O ato teve início por volta das 17h, na Praça do Ciclista. Por volta das 18h20 os manifestantes,
O protesto
O ato teve início por volta das 17h, na Praça do Ciclista. Por volta das 18h20 os manifestantes,
convocados pelos movimentos Frente Povo Sem Medo e Frente Brasil Popular iniciaram uma
caminhada pela avenida, com destino à Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).
Antes que eles chegassem ao local, policiais já faziam um bloqueio em toda a extensão da Avenida
Paulista, na esquina com a Alameda Casa Branca, próximo ao Masp, impedindo que eles
prosseguissem em caminhada.
Por volta das 18h50, os manifestantes tentaram forçar a passagem pelos policiais, que contiveram o
Por volta das 18h50, os manifestantes tentaram forçar a passagem pelos policiais, que contiveram o
ato arremessando bombas de efeito moral em direção aos manifestantes. Após as bombas, os
manifestantes colocaram fogo em lixos e passaram a ficar concentrados no Masp, onde
permaneceram até por volta das 20h, quando foram retirados à força do local pelos policiais.
A jornalistas, o major Teles, da Polícia Militar, comandante da ação de segurança hoje na Avenida
A jornalistas, o major Teles, da Polícia Militar, comandante da ação de segurança hoje na Avenida
Paulista, disse que as bombas foram necessárias porque era “preciso saber o itinerário e onde vai
terminar a manifestação”. Segundo ele, os movimentos não informaram sobre o trajeto do ato. O
major também disse que o bloqueio pretendia afastar os grupos favoráveis à presidenta afastada
Dilma Rousseff do grupo que está acampado ao lado da Fiesp desde março deste ano e que defende o
impeachment.
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