POR FERNANDO BRITO
A nota de Monica Bergamo, na Folha de hoje, em que ela narra que o Ministro da Fazenda, Henrique
Meirelles usa o exemplo do falecido pai, Hesegipo, para defender idade mínima para aposentadoria,
com um número que faz tremer: diz que o pai se aposentou aos 92 anos!
Nada contra a pessoa trabalhar até quando e quanto possa, se quiser. Se o pai de Meirelles, ex-
Nada contra a pessoa trabalhar até quando e quanto possa, se quiser. Se o pai de Meirelles, ex-
político e advogado, quis, foi sua vontade. Até certo ponto e em certos limites, não é ruim, se a
pessoa o deseja e sente-se em condições.Talvez fosse bem diferente se ele fosse peão de obra,
carregando peso e fazendo esforço físico.
Agora, é supreendente o complemento do “chiste” de Meirelles: diz que o pai se aposentou aos 92
anos contra a vontade dele, Henrique.
Como? Será possível que um filho, com um pai de 92 anos, não se preocupa ou insiste em que ele
Como? Será possível que um filho, com um pai de 92 anos, não se preocupa ou insiste em que ele
descanse, cuide da saúde, passeie, faça tudo o que um emprego (se é que estamos falando de um
trabalho-trabalho, destes de oito horas diárias, etc…) fixo não permite? E que quando um homem,
quase com um século de vida, decide se aposentar, ainda fica contra?
Desculpe, Ministro, mas que filho é o senhor?
Mais ainda porque Henrique Meirelles, como Michel Temer, que se garantiu aos 55, aposentou-se
Desculpe, Ministro, mas que filho é o senhor?
Mais ainda porque Henrique Meirelles, como Michel Temer, que se garantiu aos 55, aposentou-se
aos 57 anos.
E não foi com “merreca”, mas com aposentadoria do FleetBoston Bank, de US$ 750 mil anuais.
Sabem quem contou isso? Um senhor chamado Henrique Meirelles, em entrevista à Folha em 2003,
Sabem quem contou isso? Um senhor chamado Henrique Meirelles, em entrevista à Folha em 2003,
quando conta que se aposentou em agosto de 2002, mês em que completou 57 anos de vida!
E quando o questionaram sobre se era legítimo acumular essa bolada com a bolada de presidente do
E quando o questionaram sobre se era legítimo acumular essa bolada com a bolada de presidente do
Banco Central do Brasil, Henrique Meireles foi peremptório:
-Eu trabalhei, tenho direito a essa aposentadoria!
Nós também, ministro, nós também.
-Eu trabalhei, tenho direito a essa aposentadoria!
Nós também, ministro, nós também.
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