Jornal GGN - Após confirmar o recebimento de dívida da primeira campanha de Dilma Rousseff (PT) via caixa 2, a pedido do ex-tesoureiro João Vaccari, Mônica Moura, mulher do marqueteiro João Santana, foi libertada nesta segunda, 1º de agosto, por decisão do juiz Sergio Moro. Segundo ele, a prisão já não era mais absolutamente "necessária" à investigação, porque Mônica demonstrou disposição de colaborar.
Na semana passada, Fabio Tufic, advogado de Mônica, entrou com uma petição na Justiça Federal do Paraná. Hoje de manhã, a Justiça concedeu o álvara de soltura. A empresária estava presa desde fevereiro passado. Ela e Santana decidiram entrar num acordo de cooperação com a Lava Jato. Ela pagou R$ 28 milhões de fiança, valor que já estava bloqueado pela Justiça.
Segundo Mônica Bergamo, "Moro também considerou que a situação do casal difere da de operadores profissionais de lavagem de dinheiro, empreiteiros corruptores, agentes de estatais e políticos beneficiários de caixa dois. Ressaltou, no entanto, que isso não minimiza a gravidade da conduta de ambos que está sendo investigada."
O depoimento de ambos ao juiz, confessando a existência de caixa 2 na campanha de 2010 foi divulgado em julho. Nele, o casal diz que recebeu quase R$ 10 milhões numa conta na Suíça. Quem disse à Mônica, que cuidava da parte financeira da empresa de publicidade, para receber a dívida dessa forma foi Vaccari, também preso na Lava Jato.
Santana disse que não acredita que os recursos eram fruto de propina sob contratos da Petrobras. De acordo com ele, o caixa 2 é prática em todas as campanhas, de todos os partidos, e mesmo com "resistência" dos profissionais que fazem a campanha, é muito difícil evitar que seja dessa forma. Ele também afirmou que não admitiu isso antes para não prejudicar Dilma no processo de impeachment, iniciado em abril.
O marqueteiro deve ser solto ainda neste mês de agosto.
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