segunda-feira, 4 de julho de 2016

CUZÂO DE TEMER SUGERE SUICIDIO Á DILMA



Jornal GGN - O jornalista, professor titular da USP, consultor de comunicação e assessor
político de Michel Temer há mais de 30 anos, Gaudêncio Torquato, foi criticado no Twitter
uma publicação que pode ser interpretada como uma sugestão de suicídio à presidente
afastada Dilma Rousseff (PT).
Ao lembrar que agosto pode ser o mês de conclusão do processo de impeachment de 
Dilma no Senado, Torquato escreveu: "Quem foi que deu um tiro no peito em 24 de agosto 
de 1954? O pais do pobres, Getúlio Vargas. E quem morreu em acidente em 22 de agosto 
de 1976? JK." E continuou: "Esse mês de agosto é muito anotado na história política do 
Brasil. Viu, Dilma?" O comentário motivou respostas que incitam violência contra a 
presidente eleita, como esta:
Outro escreveu a Torquato: "O povo deseja demais destruir e extirpar todos os PTistas do
poder de forma definitiva mesmo. (comidinha de piranhas). Se a vaca [Dilma] não for
expulsa para o RS definitivamente, alguns populares deverão esquartejá-la em breve."
Indignado, um usuário respondeu ao jornalista: "Meu deus, o que é isso? Que nível é esse? 
Você está sugerindo que a presidente deve morrer ou se matar? Perdeu a noção?" 
Toquarto rebateu, ironicamente: "A dedução é sua! No máximo, vejo impeachment! Sem 
exageros, cara pálida." E foi retrucado: "Não vi impeachment nos seus exemplos. Só 
morte. Faz bobagem e depois fica pagando de desentendido, né? Agora já foi, sabidão."
Em outro momento, Torquato não se esforçou tanto para deixar a tese de incentivo ao
suicídio de lado:

Ao perceber a polêmica em torno de sua publicação, Torquato se defendeu: "Lembrei que 
agosto é mês aziago na história brasileira! Apenas isso! Dizer que defendo morte de 
presidente é mesmo coisa de petista radical", disparou. "Lembrar fatos ocorridos em 
agosto é ler a história! E dizer que por volta de 25 [de agosto] decide-se impeachment de 
quem arrombou o Brasil!", complementou.
Depois, voltou a usar a expressão "veneno de ratazana" contra petistas "radicais". Dessa
vez, respondendo a críticas por ter postado sobre investigação contra "os presentes
recebidos" por Lula e Dilma.
O papel do Cuzão
Segundo informação da Folha, Torquato é quem tem dado orientação a Temer sobre o que
fazer com seu governo interino desde que o impeachment passou a ser provável. Foi ele
quem sugeriu que o peemedebista deixe claro que não pretende ser candidato a presidente
em 2018 - mesmo que essa seja sua pretensão, caso não tenha mais problemas com a
Justiça Eleitoral.
Ainda de acordo com a Folha, Torquato costuma, em encontros semanais, "analisar e
traçar cenários políticos" para Temer. Ele  disse, em entrevista, que Temer quer ser visto 
como o "presidente de transição que organizou o país para a grande mudança".
Foi Torquato também quem apontou que Temer largaria como presidente interino
formando um "ministério de notáveis" - coisa que não deu muito certo, como se pôde ver 
após a constatação de que 30% do primeiro escalão é alvo da Lava Jato.
A escolha de Henrique Meirelles para a Fazenda no lugar de José Serra também passou
pela avaliação de Torquato, que aconselhou Temer a não nomear para a pasta alguém que 
pudesse usá-la de trampolim para 2018, sob pena de criar conflito entre a base aliada. 

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