quinta-feira, 23 de junho de 2016

MORO DESENHA: POR QUE GLOBERNARDO E NADA DOS DEMAIS

 

A detenção de Paulo Bernardo, ex-ministro das Comunicações do governo Dilma, repercutiu nas 
redes sociais. Internautas interpretaram que a ação intempestiva da PF como uma maneira de Sérgio 
Moro trazer novamente o PT para o foco da Lava-Jato. Há dois meses integrantes do primeiro 
escalão do governo Temer passam a figurar nas investigações e três ministros caíram após denúncias 
neste período. Pelo menos outros seis ministros são investigados pela Lava-Jato ou outros esquemas. 
Entretanto, até agora nenhuma ação efetiva contra as nomeações foi tomada pela Justiça.
E uma questão paralela foi levantada: por que a mulher de Cunha, a jornalista Claudia Cruz, não teve 
o mandado de prisão expedido ainda e sim o ex-ministro de Dilma? Mesmo Eduardo Cunha, réu em 
dois processos no STF, continua dando as cartas na política.
Em inquérito da PGR, o executivo Leo Pinheiro, da OAS, citou recentemente o secretário de 
governo de Michel Temer, Moreira Franco, como beneficiário de propina. As revelações estão num 
anexo específico sobre a participação da OAS na concessão de aeroportos. Moreira era ministro da 
Aviação Civil. Segundo Léo, a OAS, por meio da Invepar, foi privilegiada na concessão do 
aeroporto internacional de Guarulhos". O detalhe é que Moreira não goza de imunidade parlamentar.
Nesta investigação da OAS, outros nomes também são citados: além do presidente interino, Michel 
Temer, figura o ministro Geddel Vieira Lima (Secretaria de Governo). Janot faz referências a doação 
de R$ 5 milhões que Pinheiro teria feito a Temer e afirma que o pagamento tem ligação com a 
obtenção da concessão do aeroporto de Guarulhos, atualmente com a OAS.
"Léo Pinheiro afirmou que explicaria, pessoalmente, para Eduardo Cunha (sobre a doação), mas que 
o pagamento dos R$ 5 milhões para Michel Temer estava ligado a Guarulhos", revela Janot.
Mas algo chama a atenção de quem teve acesso ao documento: o procurador-geral, porém, não pede 
especificamente para investigar esses fatos relacionados a Temer nem diz se entrarão no objeto do 
inquérito.
Um internauta de Conexão Jornalismo sentenciou:
- Isso foi planejado para colocar um ponto final na tentativa da Dilma de voltar ao poder. Depois do 
desgaste de Temer nos últimos dias, o risco do golpe falhar era grande.
Outro, foi um pouco mais detalhista na dúvida que paira sobre as ações de Moro:
- Parece que o Michel Temer levou propina. E ele não é preso. Parece que o Aecinho está envolvido 
em uma cacetada de denúncias envolvendo propina. E ele não preso. Parece que o Cunha... já 
sabemos de tudo. E ele não é preso. Parece que o Renan, o Sarney e o Moreira... E eles não são 
presos. Parece que o Paulo Bernardo, ex-ministro do PT... E ele é preso? Pode isso, Arnaldo?
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