quarta-feira, 25 de maio de 2016

POR QUE IANOMAMIS FIZERAM RITUAL PARA O BRASIL SE LIVRAR DO BOSS MAFIOSO ROMERO JUCÁ

O senador Romero Jucá (PMDB-RR)
Boss Mafioso Jucá foi presidente da Funai nos anos 1980 e, segundo índios, não deixou saudade.

João Fellet - @joaofellet Da BBC Brasil em Washington

Quando o senador Romero Jucá (PMDB-RR) foi nomeado ministro do Planejamento do governo 
interino de Michel Temer, xamãs e lideranças do povo ianomâmi recorreram a "espíritos da natureza 
para pressionar a alma" do político e tentar fazê-lo desistir do posto, conta à BBC Brasil o jovem 
líder Dário Kopenawa Yanomami.
Coordenador da associação Hutukara, sediada em Boa Vista, Roraima, Yanomami diz que o grupo 
temia o avanço de propostas do ministro - para ele, "o maior inimigo dos povos indígenas do Brasil".
"Deu certo", ele comemora, citando o afastamento do político nesta segunda, após vir à tona uma 
gravação em que propunha um pacto para derrubar a presidente Dilma Rousseff e frear a Operação 
Lava Jato.
A relação problemática de Jucá - presidente nacional do PMDB - com os ianomâmis foi citada no 
relatório final da Comissão Nacional da Verdade (CNV), em 2015. Image copyright Marcos 
Wesley/ISA Image caption Ianomâmi considera Jucá o "maior inimigo dos povos indígenas do 
Brasil".


Ianomâmi considera Jucá o "maior inimigo dos povos indígenas do Brasil" 
 
Em capítulo sobre violações de direitos humanos de povos indígenas, o relatório diz que a gestão do 
político como presidente da Funai (Fundação Nacional do Índio), entre 1986 e 1988, resultou no 
"caso mais flagrante de apoio do poder público à invasão garimpeira".
A entrada dos garimpeiros no território de Roraima ganhou impulso em 1986, quando o governo 
federal ampliou uma pista de pouso na área, na fronteira do Brasil com a Venezuela.
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