Procurador Carlos Fernando dos Santos Lima, o popular Barbicha, integrante da força-tarefa
da Operação Lava Jato, afirmou em uma palestra concedida em São Paulo nesta quarta-feira
30 que "boa parte da independência atual do Ministério Público, da capacidade técnica da
Polícia Federal decorre de uma não intervenção do poder político, fato que tem que ser
reconhecido";
247 – O procurador Carlos Fernando dos Santos Lima, integrante da força-tarefa da Operação Lava
247 – O procurador Carlos Fernando dos Santos Lima, integrante da força-tarefa da Operação Lava
Jato, reconheceu nesta quarta-feira 30 que o governo da presidente Dilma Rousseff não interferiu na
investigação sobre o esquema de propina na Petrobras e acusou governos anteriores de terem essa
prática. Ele também mandou um recado a um eventual governo do vice-presidente, Michel Temer,
do PMDB.
"Aqui temos um ponto positivo que os governos investigados do PT têm a seu favor. Boa parte da
independência atual do Ministério Público, da capacidade técnica da Polícia Federal decorre de uma
não intervenção do poder político, fato que tem que ser reconhecido. Os governos anteriores
realmente mantinham o controle das instituições, mas esperamos que isso esteja superado", afirmou,
durante uma palestra na Câmara Americana de Comércio Brasil-Estados Unidos (Amcham), em São
Paulo.
"Em um País com instituições sólidas, a troca de governo não significa absolutamente nada. Quero
"Em um País com instituições sólidas, a troca de governo não significa absolutamente nada. Quero
crer que nenhum governo no Brasil signifique alterações de rumo no Ministério Público, no
Judiciário, na Polícia Federal. Deveria ser assim", acrescentou, ao falar diretamente sobre a
possibilidade de Temer assumir a presidência, com um eventual impeachment de Dilma. "Queremos
simplesmente que as instituições continuem livres para continuar a fazer o que a lei exige delas",
acrescentou.
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