Desnorteada: Dilma
por Carlos Fernandes
Quem segura Dilma no cargo que a democracia lhe deu não é a lei, essa não passa de uma pequena
Quem segura Dilma no cargo que a democracia lhe deu não é a lei, essa não passa de uma pequena
refém nas mãos de juízes descompromissados com a própria justiça. Não é a ausência completa de
qualquer denúncia que sequer arranhe a sua honestidade, para os justiceiros da mídia e sua horda de
alienados, isso pouco importa. Também não é, muito menos, a “base governista”, de que tão
mercenária se confunde rotineiramente com a oposição mais irresponsável.
Quem mantém Dilma até hoje na presidência não é ninguém mais do que a militância de esquerda e
Quem mantém Dilma até hoje na presidência não é ninguém mais do que a militância de esquerda e
os movimentos progressistas desse país. Não fossem a maciça e constante luta e apoio dessas forças
a favor de seu mandato democraticamente eleito, ela já teria sido deposta. Deposta pelo poder
econômico, pela mídia plutocrática brasileira, pelos partidos mais conservadores e fascistas desse
país e por uma parcela significante da sociedade incapaz de entender os valores do pleno respeito à
decisão soberana das urnas.
A despeito de tudo isso, Dilma não cansa de afrontar justamente aqueles que a defendem. Seja na
inconcebível manutenção de uma política econômica digna da direita, seja no escabroso acordo
realizado com a oposição para a entrega de um patrimônio público de trilhões de reais ao capital
internacional. Dilma não só decepciona os seus mais fiéis escudeiros como fornece aos seus inimigos
as mais eficientes armas para o seu próprio fuzilamento. É realmente um exercício de auto-flagelo.
Dilma, com a sua ineficiência política, com o seu ostracismo econômico e com a sua insuficiente
Dilma, com a sua ineficiência política, com o seu ostracismo econômico e com a sua insuficiente
atuação social, não merece todos os sacrifícios que a militância de seu partido voluntariamente se
propõe a fazer.
Independente disso, desistir não é uma opção. O que se está em jogo é algo muito maior do que ela e
Independente disso, desistir não é uma opção. O que se está em jogo é algo muito maior do que ela e
do que o próprio PT e os demais partidos de esquerda. O bem estar social, a soberania da nação e o
desenvolvimento do país são questões inegociáveis.
Só agradeceria a Dilma se ela não resolvesse participar das manifestações contra o seu próprio
Só agradeceria a Dilma se ela não resolvesse participar das manifestações contra o seu próprio
mandato. Dado o que vimos no Senado, já não me espantaria.
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