sábado, 27 de fevereiro de 2016

A Globo notificou judicialmente os blogs Tijolaço, Cafezinho e DCM A resposta do Tijolaço à Globo


O triplex de Paraty é de bêbado ... Não tem dono. Os sem teto sabem disso ? Por que o Ali 
Kamel nao revela o verdadeiro dono no jn?

A Globo notificou judicialmente os blogs Tijolaço, Cafezinho e DCM.
Porque publicaram reportagens que aproximariam a Operação Lava Jato dos filhos do Roberto 
Marinho - eles não têm nome próprio.
Sim, porque o Moro resolveu invadir os triplex do edificio Solaris, no Guarujá e, no triplex ao 
lado daquele que NÃO é do Lula, pode estar a chave para desvendar um desses mistérios da 
carochinha que só o Moro não percebe: quem é o dono daquele maravilhoso triplex em Paraty, 
que agrediu a natureza litorânea de uma forma que nem a Bláblárina Silva, a Fadinha da 
Floresta seria capaz de tolerar.

Com o noticiário sobre as notificações dos Marinho, fui verificar o spam da caixa do “fale conosco” 
do tijolaço e, encontrei a seguinte mensagem, que reproduzo, antes de qualquer discussão sobre seu 
mérito.

Prezados Senhores,

JOÃO ROBERTO MARINHO, brasileiro, casado, jornalista, com endereço profissional na Rua Lopes Quintas 303, Jardim Botânico, na cidade e Estado do Rio de Janeiro, vem, por meio da presente, NOTIFICÁ-LOS do que se segue:

O notificante tomou conhecimento que no dia 18/02/2016 foi postado no blog denominado “Tijolaço”, reportagem de responsabilidade dos notificados com informações inverídicas a respeito da propriedade de casa situada em Paraty, Rio de Janeiro, conforme consta da url http://tijolaco.com.br/blog/34363-2/
De acordo com o título e os trechos da matéria abaixo transcritos, os notificados atribuem ao notificante a propriedade do imóvel.
“Desde que surgiu o caso da mansão dos Marinho, os solitários blogueiros que se dedicam a investigar o que, de fato, ocorre ali, tem esbarrado nas dificuldades, muito além de nossas próprias penúrias, em conseguir dados nos paraísos fiscais onde esta turma vai maquiar seus negócios.
Agora, porém, tenho os documentos e as provas de que o “triplex” da família Marinho em Parati está indissoluvelmente ligado à empresa Mossack Fonseca, que a Lava Jato, ao que parece, desistiu de investigar pela eventual lavagem de uns apartamentos mixurucas no Guarujá
(…)
Como neste blog, ao contrário do que ocorre na vara do Dr. Sérgio Moro, sugestivo não é o suficiente para acusar ninguém, não se acusou a empresa dona da casa dos Marinho de ter sido criada pela empresa de quem a Lava Jato acusava (parece que desistiram) de lavar dinheiro com negócios imobiliários.
(…)
Portanto, pelas conclusões do juiz Cam Federbach, é obrigatório afirmar que a empresa que criou a offshore que detém a propriedade da mansão de altíssimo luxo dos Marinho foi crada pela mesma empresa que Moro manda investigar pelo mesmo tipo de negócio no condomínio “meia boca” do Guarujá.
E porque é dos Marinho não será mais investigada? Ainda mais porque – só aqui – a empresa laranja está com seu funcionamento cancelado nos EUA desde o final de 2014, mas opera no Brasil, onde nem endereço tem…
(…)”
Contudo, a notícia é inverídica, pois a casa em questão e as empresas citadas na matéria não pertencem, direta ou indiretamente, ao notificante ou a qualquer um dos demais integrantes da família Marinho.
Além da matéria apontada acima, identificamos outras reportagens constantes dos links abaixo que também contêm incorreções sobre a propriedade do imóvel.
http://tijolaco.com.br/blog/o-triplex-de-paraty-foi-feito-no-peitaco-que-lei-que-nada-somos-os-marinho/
http://tijolaco.com.br/blog/34244-2/
http://tijolaco.com.br/blog/com-minhas-desculpas-ao-dcm-o-que-seu-reporter-nao-vou-na-mansao-marinho/
Verifica-se, assim, que os textos publicados, além de conter inverdades sobre a propriedade da mencionada casa em Paraty e das empresas citadas, traz insinuações infundadas, constituindo, portanto, ofensa ao notificante e aos demais integrantes da família Marinho.
Pelo exposto, ficam V.Sas. NOTIFICADOS para que retifiquem imediatamente as informações incorretas constantes das referidas matérias ou de qualquer outra publicada por V.Sas, sendo tal retificação divulgada no mesmo espaço do blog onde consta(m) a(s) publicação(ões) ofensiva(s) ou fique a esta(s) atrelada(s) através de link, sob pena de adoção das medidas legais cabíveis.

Atenciosamente,

PP. MARIANA GASPAR
OAB/RJ 118.119
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Enviei o seguinte e-mail à Globo, da mesma forma que recebi sua notificação.

Senhor João Roberto Marinho.

Recebi com atraso, por ter sido feita por e-mail “fale conosco” e se desviado para a caixa de “spam”, a comunicação de Vossa Senhoria. Com o noticiário sobre a notificação a outros blogs, pedi para verificar e a mesma, encontrada, foi imediatamente publicada, a guisa de direito de resposta que este blog não se recusou, não se recusa e não se recusará a conceder, de plano, a qualquer pessoa.
Assim, creio ter sido atendido o “pedido de retificação” feito por V. Sa. e, a seguir, como solicitado, em cada matéria, será colocado um link para a publicação integral da missiva enviada.
Bem assim, fica desde já o blog à disposição para qualquer esclarecimento que deseje o senhor oferecer à opinião pública, embora com microscópico alcance perto do império de comunicação que V.Sa. dirige.
Quanto à relação entre a mansão citada e a Família Marinho, certamente não há de desconhecer V. Sa. que foi noticiada pela prestigiosa Bloomberg, em 7 de março de 2012, sob o título“Brazil’s Rich Show No Shame Building Homes in Nature Preserves“e nos seguintes termos:
Heirs to Roberto Marinho, who created Organizacoes Globo, South America’s biggest media group, built a 1,300-square-meter (14,000-square-foot) home, helipad and swimming pool in part of the Atlantic coastal forest that by law is supposed to be untouched because of its ecology.
E, a seguir, na mesma reportagem:

Modernist Home
That’s the case with the Marinho media family. The Marinhos broke environmental laws by building a 1,300-square-meter mansion just off Santa Rita beach, near Paraty, says Graziela Moraes Barros, an inspector at ICMBio.
Without permits, the family in 2008 built a modernist home between two wide, independent concrete blocks sheathed in glass, Barros says. The Marinho home has won several architectural honors, including the 2010 Wallpaper Design Award.
The Marinhos added a swimming pool on the public beach and cleared protected jungle to make room for a helipad, says Barros, who participated in a raid of the property as part of the federal prosecutors office’s lawsuit against construction on the land.
“This one house provides examples of some of the most serious environmental crimes we see in the region,” Barros says. “A lot of people say the Marinhos rule Brazil. The beach house shows the family certainly thinks they are above the law.”

Ao que se tenha notícia, o referido texto, em publicação internacional de renome e alcance não mereceu a preocupação que, como é de seu direito, foi manifestada sobre este blog, de representar ” ofensa ao notificante e aos demais integrantes da família Marinho”.
Assim como nas inúmeras republicações que tal texto recebeu, total ou parcialmente, no UOL/Folha (Revista acusa família Marinho e Camargo Correa de construir mansões em áreas de preservação, em 18 de março do mesmo ano) ou a CartaCapital, de 15 de março, (RJ: Milionários destroem mata nativa com mansões).
As demais conexões partiram, claro, da razoável compreensão, ante a inação descrita (mormente de uma imensa empresa de comunicação, que monitora continuamente sua imagem pública) de que a ligação entre a proprietária formal da casa – a Agropecuária Veine e de sua controladora Vaincre LCC – seria, de fato, uma ligação com quem lhe foi apontado como proprietário real e, mesmo dispondo de todos os meios para fazê-lo, não esclareceu que, como afirma em seu texto, que “a casa em questão e as empresas citadas na matéria não pertencem, direta ou indiretamente, ao notificante ou a qualquer um dos demais integrantes da família Marinho”.
Aliás, se me permite tratá-lo como colega jornalista – e foi em O Globo que dei meus primeiros passos na profissão, em 1978 – tomo a liberdade – quem sabe a ousadia – de sugerir que as emissoras de TV, rádio, sites e jornais de suas Organizações, então, produzam, com os meios abundantes e o profissionalismo que reconheço em seus colaboradores, uma apuração sobre quem, afinal, é o proprietário ou usufrutuário daquela joia arquitetônica que, desafortunadamente, invadiu área de preservação ambiental e privatizou uma praia antes pública, em que pese ser remota.
Sei que o tema ambiental é caro às suas Organizações e cito como exemplo a reportagemConstruções irregulares avançam em 25 ilhas de Paraty, em O Globo, quando a referida construção já havia sido repetidamente multada e tinha ordem até de demolição mas que, certamente num lapso, não foi uma das irregularidades abordadas.
É uma imperdível oportunidade de sanear aquela omissão, naturalmente involuntária.
Creio que se estará, assim, prestando um serviço público de alta relevância ao revelar quem, afinal, se oculta sob uma agropecuária para empreender uma edificação de altíssimo luxo. Este blog se comprazerá de aplaudir a ação cidadã das Organizações Globo em mostrar ao povo brasileiro quem, de fato, se aproveita daquele templo no paraíso.
Sempre à disposição para qualquer pedido de esclarecimento, fica um e-mail onde se poderá fazer de imediato qualquer contato que, com prazer e interesse público, será aqui imediatamente atendido.
Permita-me, à guisa de conclusão, citar um ditado gaúcho – convivi muito com um deles e absorvi seus traços de honra e dignidade: “a luta não nos quita a fidalguia”.

Atenciosamente,

Fernando Brito, editor do Tijolaço.
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