terça-feira, 1 de dezembro de 2015

PT, CUNHA E CHURCHILL



Por Breno Altman

Hoje é um dos dias mais importantes da história do PT.
Se seus três deputados na Comissão de Ética da Câmara dos Deputados votarem pela continuidade 
do processo de cassação de Eduardo Cunha, como se espera, honrarão seu mandato e o compromisso 
histórico do partido com o povo brasileiro.
Mas se sucumbirem a supostas pressões para mudar seu voto, empurrarão o partido e o governo a 
uma das máximas de Winston Churchill: "entre a desonra e a guerra, eles escolheram a desonra, e 
terão a guerra."
O ex-primeiro-ministro inglês se referia, com estas palavras, à decisão de seu antecessor, Neville 
Chamberlain, aliado ao governo francês, que optou por entregar os sudetos tchecos a Hitler, em 
1938, no Pacto de Munique, apostando que iria pacificá-lo e evitar o confronto.
Não tenhamos dúvidas: salvar o pescoço de Cunha apenas adiaria o processo de impeachment na 
Câmara, para um cenário no qual o PT e a presidente Dilma estariam tão desmoralizados, exatamente 
pelo eventual socorro ao peemedebista, que ralas seriam as forças dispostas a combater o golpismo.
No caso, se perderia a honra e a guerra.
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