quinta-feira, 12 de novembro de 2015

REQUIÃO: DILMA SE AJOELHOU DIANTE DA GLOBO



A propósito do certeiro post do Fernando Brito sobre o veto da Presidenta Dilma ao projeto do 
Senador Requião sobre o direito de resposta, o Conversa Afiada ouviu Requião, por telefone:Eu 
tenho na linha o senador Roberto Requião, responsável pela aprovação no Congresso 
Nacional do chamado direito de resposta, previsto na Constituição Federal de 1988. E, 
surpreendentemente, a presidenta Dilma vetou o artigo que garantia ao ofendido o direito de 
apresentar pessoalmente ou por quem achasse conveniente a contestação das ofensas recebidas 
dos meios de comunicação.

PHA - Senador, o que significa esse veto?

Requião -
Paulo Henrique, significa que a presidenta da República cedeu à pressão das redes de 
comunicação, principalmente à Globo. No entanto, eu faço uma ressalva a esse processo. O juiz pode 
entender, e o conjunto da lei é clara, que a resposta deve ser dada pelo mesmo meio, pela mesma 
maneira e, apesar do veto, deferir o pedido de resposta audiovisual.
Mas é um absurdo. Um número enorme de senadores e deputados se expuseram no combate ao 
arbítrio da Globo, ao direito que eles se arrogam de acusar, julgar e condenar. Se expuseram numa 
batalha dura, ganhamos o negócio depois de cinco anos. E temos a decepção absurda desse veto 
completamente sem nexo, um veto sem sentido.
A Dilma ou não entendeu nada, ou não entende nada do que seja o direito de resposta, ou está 
pessimamente assessorada.

PHA - A quem o senhor atribui a paternidade dessa ideia que levou a presidenta a tomar essa 
decisão?

Requião
- Eu não sei. Mas eu atribuo à leniência do Governo com a Ética e com a Moral.

PHA - O senhor acha que esse veto pode cair no Congresso?

Requião -
Não, não acho. Nós já tínhamos perdido na Câmara. Os deputados votaram com a Globo e 
as grandes redes de comunicação. E, em função disso, é muito difícil derrubar o veto. Mas vamos 
continuar na batalha.
Agora, é uma decepção brutal com a presidenta da República. Eu jamais imaginava sequer a 
possibilidade de isso acontecer.
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