segunda-feira, 22 de junho de 2015

Por que Franklin “não serve” para a comunicação oficial?



Por: Fernando Brito

O “exílio” de Franklin Martins, depois de suas incursões pelo obvio de dar ao Brasil uma 
regulamentação moderna em matéria de uso das concessões públicas de rádio e televisão, tem raízes 
também em algo que é inaudível para certa esquerda tecnocrática, que acha que sabe tanto sobre tudo 
que não precisa ouvir o que o povo anda dizendo…
E o povo diz, mesmo quando o reprimem ou o soterram por um discurso midiático monocórdio. A 
música popular sempre foi uma da fortes e divertidas vozes com a qual sempre falou, a favor ou 
contra governos e sistemas econômicos, geralmente com humor e simplicidade.
E até, pode crer, com a Guerra Fria, entre EUA e União Soviética, como na genial música de Assis 
Valente gravada por Carmem Miranda (e depois por Marlene – para mim, a melhor versão,veja ao 
fim do post -, por Leci Brandão e por Adriana Calcanhoto), “E o mundo não se acabou…”.
Hoje, Franklin lança – às 18 horas, na Livraria do Conjunto Nacional, Av. Paulista, 2073 – SP – seu 
livro-discoteca “Quem foi que inventou o Brasil”, sobre o qual dá excelente entrevista a Teresa 
Cruvinel, no 247.
Sobre a qual me permito uma pequena correção a quem editou.
Quem inventou o Brasil é uma pergunta de Lamartine Babo em seu “História do Brasil”, de 1933, à 
qual ele responde, na ordem: Cabral, Peri, Ceci, Ioiô (nhô, senhor) e Iaiá. Brancos, índios e negros.
O povo brasileiro inventou, inventa e inventará o Brasil, apesar da arrogância e do poder que os que 
se acham melhores que ele o tratam.
E não escutam.

PS. O Franklin é um sujeito tão coerente com a ideia de que não há sentido em falar sem ser ouvido 
que colocou tudo o que foi possível – a barreira são direitos autorais – no site 
quemfoiqueinventouobrasil.com

PS.2 – Na entrevista, Franklin faz referência a uma música de Juca Chaves sobre a legalidade, em 
1961, em que goza Lacerda e o então Ministro do Exército pela tentativa de golpe contra João 
Goulart, detida por Leonel Brizola e pelo general Machado Lopes, comandante do III Exército, que 
E o mundo não se acabou… – Marlene

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